Jornal Estado de Minas

REGIÃO CENTRAL

Janeiro com alto índice de focos de dengue em Sete Lagoas

A cidade de Sete Lagoas, na Região Central do estado, começou o ano em alerta. Isso porque o Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) apresentou um aumento na infestação de focos de dengue nos bairros do município, tendo risco de uma epidemia da doença.




 
Segundo os dados da Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Centro de Controle das Arboviroses, realizada na segunda semana deste mês, o percentual geral de infestação ficou em 5,7%, quase cinco vezes maior do que o preconizado pelo Ministério da Saúde, que é abaixo de 1%.
 
Ao todo, 35 bairros da cidade apresentaram infestação da doença. Entre eles estão o Boa Vista, Cidade de Deus, Jardim Europa, Verde Vale, Montreal, JK, Nova Cidade, Catarina, São Geraldo, Interlagos II, Alvorada, Santa Luzia, Centro, Progresso, Vapabuçú, Esperança, Jardim dos Pequis e Jardim Primavera.
 
“Em alguns bairros, os Índices de Infestação Predial-IIP apresentam percentuais muito mais elevados que 5%, colocando estes locais em situação de risco”, alerta o gerente do Centro de Controle das Arboviroses, Adriano Pereira de Souza.




 
O LIRAa foi realizado entre os dias 10 e 14 de janeiro e, assim como no início de 2021, a maioria dos criadouros encontrados neste levantamento continua sendo dentro dos domicílios, principalmente em tambores e reservatórios de água localizados ao nível do solo, seguidos pelos inservíveis (lixo, garrafas, latas e recipientes plásticos), bebedouros de animais, vasos e pratos de plantas, ralos, calhas e caixa de passagem.
 
Em 2021, foram notificados 542 casos de dengue, sendo 22 casos confirmados e 520 descartados. Também foram notificados quatro casos de zika vírus, sendo todos descartados. Houve ainda dois casos notificados de chikungunya, ambos descartados.

Adriano Souza ainda destaca que somente este ano já foram notificados 37 casos de dengue, todos em investigação.
 
“A dengue, a zika e a chikungunya são doenças graves, transmitidas pelo mosquito. O período chuvoso é quando o Aedes aegypti encontra as melhores condições para se reproduzir, por ser a época mais propícia ao acúmulo de água parada. Por isso, o cidadão deve ficar atento e evitar os focos de água parada em sua residência”, reforça Adriano Souza.
 
 

Sintomas da doença

Além de manter os quintais limpos, ou seja, livre de objetos que possam acumular água e servir de criadouros para o mosquito, as pessoas que apresentarem dois ou mais sintomas – febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor no corpo, nas juntas ou abdominal – devem procurar a unidade de saúde mais próxima da sua casa.




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