Jornal Estado de Minas

COVID-19

Após mais de 3 mil casos em 14 dias, Araxá proíbe festas e eventos

Um novo decreto publicado nesta sexta-feira (14/1) em Araxá, no Alto Paranaíba, impôs a volta de medidas restritivas após a cidade bater por duas vezes esta semana recordes de contaminações em 24 horas: 438 casos na terça (11/1) e 682 na quinta (13/1), e de somar mais de 3 mil casos nos primeiros 14 dias do ano.





As mudanças são principalmente para os estabelecimentos comerciais, que passarão a ter que realizar o controle de entrada de clientes, o distanciamento entre mesas e de intensificar a higienização dos espaços. Houve também a proibição de festas e eventos com mais de 150 pessoas por 15 dias.

Para comemorações com até a capacidade máxima permitida, o responsável deverá assegurar que todos os presentes estejam com o cartão de vacina contra a COVID-19 atualizado, ou seja, o esquema de vacinação completo e seguir o protocolo de biossegurança estipulado pela Vigilância Sanitária do município.

"A Prefeitura de Araxá também reforça que não realizará ou apoiará nenhum evento de Carnaval em 2022 devido à pandemia da COVID-19. Eventos particulares estarão sujeitos ao decreto em vigência no período, que será elaborado de acordo com os indicadores epidemiológicos e de capacidade assistencial do município", diz um trecho de nota enviada pela gestão da cidade.





Comércio

O comércio, em geral poderá trabalhar de segunda a sábado em horário normal, incluindo estabelecimentos que habitualmente funcionam aos domingos e feriados, desde que exija dos funcionários e clientes o uso da máscara de proteção facial cobrindo boca e nariz e disponibilizar na entrada do estabelecimento o álcool em gel 70% para higienização das mãos. A manutenção do distanciamento mínimo entre os clientes e o controle para evitar aglomerações são outras medidas.

Os restaurantes, bares, lanchonetes, pizzarias, lojas de conveniência, sorveterias, disk bebidas e similares estão autorizados a funcionar desde que adote todas as normas de biossegurança (desinfecção, higiene e limpeza), distanciamento de 1,5 (um e meio) metro entre os clientes; dentre outros procedimentos, como a proibição de cardápios compartilhados.

No caso de colaboradores infectados em empresas, estes deverão ser encaminhados para unidades de saúde ou outro serviço médico, para avaliação.

De acordo com a prefeitura, as medidas visam a redução da taxa de transmissão do coronavírus na cidade e evitar o aumento das internações nos leitos COVID.





"A Secretaria Municipal de Saúde planeja as ações com base na capacidade assistencial do município, em especial ocupação em leitos de UTI e clínicos. A expectativa é de que com o novo decreto, o fim do período de férias e a redução da taxa de transmissão do vírus, os números de casos positivos voltem a cair nos próximos dias", destacou.

Boletim


No boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira, foram informados mais 417 novos casos de COVID-19. A ocupação dos 10 leitos de UTI está em 40% com quatro pacientes de Araxá. Já as bases de enfermaria apresentam 50% de ocupação, com quatro pacientes da cidade e um de Santa Juliana.

Cerca de 2.923 pessoas se encontram em recuperação domiciliar. Desde o início da pandemia já foram 18.639 casos e 245 óbitos, mas nenhum foi registrado este ano.

Boletim de Araxá em 14/1 (foto: Prefeitura de Araxá / Divulgação)

Estado de calamidade prorrogado

Araxá teve prorrogado até 31 de março de 2022 o estado de calamidade pública em razão dos efeitos decorrentes da pandemia de COVID-19. O decreto foi publicado na última semana e aguarda a aprovação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A medida reforça a necessidade de manutenção das medidas emergenciais de combate à pandemia, como, por exemplo, a contratação em caráter de urgência de profissionais de saúde.




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