Jornal Estado de Minas

ANO DE PANDEMIA

PM registra número mais baixo de crimes no Vale do Aço e região em 10 anos

Os municípios da  12ª Região da Polícia Militar de Minas Gerais (12ª RPM) nunca estiveram tão seguros nos últimos 10 anos. Ao menos é o que mostram dados relacionados a crimes violentos, homicídios e roubos ocorridos em 2021, ano tomado pela pandemia da COVID-19. As estatísticas foram divulgadas hoje (12/1) pelo comandante da 12ª RPM, coronel Gildásio Rômulo Gonçalves.




 
O comandante destacou a redução acumulada na ocorrência do crime de roubo, que caiu de 4.488 casos, no ano de 2016, para os atuais 993 casos no ano de 2021, uma redução ao longo desses anos de mais de 77%. Nos dados relacionados aos homicídios consumados, houve queda de 37,53% em relação ao ano anterior. E, nos registros de crimes violentos, a redução foi de 68,20%, também em comparação a 2020. 
 
“Nenhuma instituição faz o trabalho de segurança pública sozinha, nós fazemos um trabalho conjunto, de maneira sistêmica em que uma instituição precisa dar continuidade ao trabalho da outra. É assim que conseguimos em 2021 os melhores resultados dos últimos 10 anos”, afirma o coronel Gildásio Gonçalves.
 
O policial exaltou a o trabalho integrado entre os órgãos de segurança pública e a colaboração da população, que, segundo ele, acredita e confia no trabalho da sua polícia. A 12ª RPM é responsável pela coordenação do policiamento de quase 100 municípios mineiros, entre os quais Manhuaçu, Ipatinga, Itabira, Coronel Fabriciano, Caratinga, João Monlevade e Ponte Nova.




 
Representantes do MPMG, Polícia Civil, Polícia Militar e bombeiros atuam em conjunto para a redução dos crimes (foto: Polícia Militar/Divulgação)

Estratégia preventiva de crimes

 
Em 2021, a 12ª RPM, em parceria com o MPMG, o TJMG e a Polícia Penal, institucionalizaram uma estratégia preventiva focada no acompanhamento dos egressos do sistema prisional em situação de semiliberdade, o Projeto Panóptico.
 
Aos condenados em gozo de benefícios fora das unidades prisionais, a Justiça impõe algumas condições a serem cumpridas necessárias ao processo de reabilitação e são essas obrigações do apenado que são fiscalizadas pela Polícia Militar.
 
O coronel Gildásio disse que a região teve os menores índices de crimes em 10 anos (foto: Polícia Militar/Divulgação)
 
 
“Não é em todo o Estado de Minas Gerais que existe esse trabalho integrado neste monitoramento. Esses egressos do sistema prisional estavam envolvidos em mais de um quarto dos homicídios de nossa região. Pelos números apresentados, conseguimos reduzir a participação deles nos homicídios, quer seja como autores, quer seja como vítimas”, aponta o coronel Gildásio.




 
O militar explicoa que o objetivo foi fazer com que a lei de execução penal fosse de fato cumprida pelos beneficiários das saídas temporárias, prisões domiciliares, dentre outros, reduzindo o sentimento de impunidade e contribuindo à ressocialização dos apenados.
 
“Quem foi condenado pela Justiça tem que prestar conta para a sociedade. Nós facilitamos esse processo de retorno ao convívio em sociedade, contribuindo para proteção desses indivíduos, de seus familiares e sua reabilitação”, disse o comandante.
 
O evento no qual o coronel Gildásio apresentou os resultados teve a presença do chefe do 12º Departamento de Polícia Civil, delegado Gilmaro Alves Ferreira; do promotor de Justiça, Bruno Schiavo Cruz, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO); do subcomandante do 11º Batalhão de Bombeiros Militar, major Marcos Vinícius; além de militares que atuam nas Unidades Especializadas de Meio Ambiente e Trânsito Rodoviário, tenente Moura e tenente Marcelo Vieira, respectivamente.

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