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Estado de Minas ALAGAMENTOS

Chuva: córregos transbordam e deixam famílias desalojadas em Divinópolis

Prefeito decretou situação de emergência; casas foram invadidas pelas águas


07/01/2022 19:52 - atualizado 07/01/2022 20:17

A água invadiu casas no bairro Campina Verde em Divinópolis
A água invadiu casas no bairro Campina Verde em Divinópolis (foto: Reprodução/Redes Sociais)
As chuvas desta sexta-feira (7/1) deixaram 16 famílias desalojadas em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas. Foram oito pontos de alagamentos em vários bairros. Córregos transbordaram e invadiram casas no município.

Era início da tarde quando as primeiras imagens começaram a circular nas redes sociais. No Campina Verde, um córrego transbordou e invadiu cerca de 20 casas. A água subiu repentinamente e pegou os moradores de surpresa.

Alguns tentaram resgatar o que era possível. Outros improvisaram colocando pertences dentro e em cima dos carros. Tijolos foram usados como suporte para erguer sofás e eletrodomésticos.



Moradora do bairro há três anos, Priscila Ramos de Sousa contou que essa foi a primeira vez que o córrego transbordou. “Vizinhos que vivem aqui há mais tempo também dizem que nunca ocorreu”, conta. Primeiro, a água chegou até a varanda. “Pensei que não ia entrar. Quando vi já estava na sala”, relembra.

O desespero bateu quando ela abriu o portão e viu que a água já havia inundado a rua e não era possível sair com o carro. Com a filha de 1 ano em casa, pediu ajuda para parentes. “Eles a buscaram e levaram para a casa da minha sogra. Tentei levantar o que estava mais embaixo, mas subiu muito rápido e não teve como proteger sofá, eletrodomésticos”, diz.

Com a recomendação da Defesa Civil, assim como as demais famílias, ela precisou deixar a casa. Provisoriamente na casa da sogra, ela deverá aguardar até que medidas mitigadoras sejam adotadas para evitar novas inundações. “Infelizmente preciso voltar, minha vida está lá”, afirma. 
 
A água chegou a entrar no carro que estava na garagem de Priscila
A água chegou a entrar no carro que estava na garagem de Priscila (foto: Arquivo Pessoal/Priscila Ramos)
 
O prefeito Gleidson Azevedo e a vice Janete Aparecida, ambos do PSC, visitaram o local. Uma máquina fez uma limpeza na rua. Na próxima semana, deverão ser realizadas reuniões com outras lideranças e moradores para definir o que poderá ser feito.


Outras áreas atingidas


Já no bairro Belvedere, a região geralmente conhecida por ser ponto de alagamento, o córrego que deságua no Rio Itapecerica também transbordou. Em um trecho, um carro ficou parcialmente submerso. Um ônibus que se arriscou e tentou atravessar uma rua, teve dificuldades para concluir o trajeto e quase ficou ilhado.

Também houve pontos de alagamento nos bairros Planalto e Bela Vista. Todas as famílias desalojadas foram para casas de famílias ou amigos.



O nível do Rio Itapecerica que corta a cidade estava 94cm acima do normal, segundo a última medição. A situação ainda é de alarme e observação. A Defesa Civil mantém o monitoramento. Para transbordar, o volume de água deve chegar a 1,2 metro acima do normal. 

A última enchente de grande proporção registrada no município foi em 2008.

A Defesa Civil está atuando com seis engenheiros nas vistorias. Dois telefones foram disponibilizados, o 199, para horário comercial e o (37) 98825-2379 (WhatsApp) nos demais. Em casos de urgência também pode ser acionando o Corpo de Bombeiros pelo 193.


Situação de emergência

No bairro Belvedere em Divinópolis um córrego transbordou
No bairro Belvedere, em Divinópolis, um córrego transbordou (foto: Reprodução Redes Socias)

O prefeito decretou situação de emergência, em situação anormal, em decorrência das chuvas. O decreto será publicado na próxima segunda-feira (10/1) no Diário Oficial dos Municípios. Durante 30 dias está autorizada à adoção de medidas emergenciais destinadas ao imediato atendimento às pessoas necessitadas. 

O decreto autoriza contratações para fornecimento de bens e/ou serviços mediante dispensa de licitação e também a ocupação e uso temporário de bens e serviços, como escolas e ginásios, por exemplo, para pronto atendimento da população vitimada por desastres ou em situação de risco. 

As autoridades administrativas e os agentes de defesa civil, em caso de risco iminente ou desastre, autorizados a entrar nas casas, a qualquer hora do dia ou da noite, com ou sem o consentimento do morador, para prestar socorro ou para determinar a imediata evacuação. 

*Amanda Quintiliano especial para o EM


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