Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Contra variante, Kalil mantém máscaras em BH: 'Chega de empilhar caixão'

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), não pensa em desobrigar a população a utilizar máscaras faciais em espaços públicos da cidade. Para sustentar a decisão, ele se vale de exemplos de países europeus, que relaxaram restrições para conter a COVID-19, mas logo precisaram endurecê-las novamente. A variante ômicron também é justificativa.



"Para quê esperar uma nova onda, ir gente para o hospital, fazer acontecer para voltar com máscara? Vão empilhar mais caixão? Chega de empilhar caixão", disse Kalil, nessa quinta-feira (16/12), em entrevista exclusiva ao Estado de Minas.

O prefeito afirmou que vai seguir as diretrizes de especialistas para definir sobre o momento da retirada do acessório dos rostos belo-horizontinos. "Temos obrigação de proteger o povo, o povo que me elegeu. Tenho obrigação de, enquanto a ciência não falar para tirar a máscara (não desobrigar o uso)", falou.

Em Belo Horizonte, a lei que estabelece uso obrigatório da proteção facial em espaços abertos vale desde 22 de abril do ano passado. Depois, em julho, passou a vigorar aditivo que estabelece multa de R$ 100 aos descumpridores da norma.

O mais recente boletim do coronavírus na capital mineira, divulgado ontem, aponta que a ocupação de leitos de enfermaria subiu ao nível de alerta. As vagas preenchidas são 50,4%. A ocupação de leitos de terapia intensiva está em 43,5%. Sob controle, a taxa de transmissão da doença permaneceu em 0,95% pelo terceiro dia seguido, o que significa que 100 pessoas podem transmitir o vírus da COVID-19 para outras 95 pessoas



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