Jornal Estado de Minas

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Em operação com Cemig, Polícia Civil prende 23 pessoas por gato de energia

Cemig e Polícia Civil divulgaram os resultados da ação conjunta entre a entidade e o órgão no combate ao consumo irregular de energia elétrica em estabelecimentos comerciais, na capital e na Região Metropolitana, conhecido como “gato de energia”. As operações tiveram início em maio deste ano. A partir daí, foram registradas 17 ocorrências de flagrante. No total, 23 infratores foram presos. O prejuízo é de cerca de R$ 2 milhões.





 


 

Para as ações, foram montadas equipes especiais com policiais civis e técnicos da Cemig, que usavam equipamentos para testes de medição para constatar irregularidades no consumo.


Segundo o gerente de Medição e Perdas da Cemig, Luiz Renato Fraga Rios, no total, foram feitas 26 medições de suspeição em comércios de Belo Horizonte e da Grande BH. 


“O novo sistema de detecção, criado pela Cemig, possibilitou um aumento no número de acertos e flagrantes de roubo de energia. Até o início das operações, nossa margem de acerto era de 27%. A partir de maio, subimos esse total para 80%, o que, em média, chega a cerca de 42% este ano, um dos maiores índices do país”, diz Luiz Renato.


Ele lembra que o prejuízo causado à Cemig é repassado para os usuários e que, por isso, a empresa faz um apelo à população, para que denuncie. “Isso pode ser feito pelo telefone 116 ou pelo site. Garantimos sigilo total nas denúncias.”





O gerente diz ainda que, ao realizar a denúncia, será fundamental que o denunciante dê o maior número de detalhes possível. “Quanto mais detalhes, melhor poderemos verificar a denúncia.”


A empresa e a Polícia Civil já trabalham, também, com um planejamento para 2022. “Já temos alvos em vista e expandiremos a fiscalização, que não será somente em Belo Horizonte e na Grande BH, mas ampliaremos o serviço para o interior.”


As fases da operação


Em maio, três pessoas foram presas, sendo uma prisão em flagrante e uma empresa foi indiciada. Em junho, oito foram presos, com a instauração de três inquéritos policiais, que agora estão em andamento, para as investigações. Em agosto, foram duas prisões em flagrante.


No mês de outubro, seis foram autuados, sendo três com prisão em flagrante. Em novembro, uma prisão em flagrante. Neste dezembro, foram mais três presos e uma empresa indiciada. 


As investigações estão sendo conduzidas pelas delegacias do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri). O furto qualificado de energia está previsto no artigo 155 do Código Penal, que versa sobre furto, com pena de oito anos de cadeia.



 

audima