Jornal Estado de Minas

TRANSPORTE PÚBLICO

Kalil sobre aumento de passagem de ônibus este ano: ''Não vai acontecer''

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) e líderes do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) se reuniram na manhã desta quinta-feira (9/12) para novas negociações. 

Caminhando para o final de dezembro, o prefeito reafirmou, publicamente, que as passagens seguirão com os mesmos valores. “Neste ano eu tinha dito que não ia acontecer, e obviamente não vai acontecer”, disse ao se referir ao aumento. “Estamos tentando, de toda forma, que não haja o aumento para o usuário”, continuou. 





O encontro buscava viabilizar alguma fonte de custeio para o sistema de transportes na capital mineira, que beira o colapso. Ainda sem um acordo formalizado, uma nova reunião foi marcada para a próxima segunda-feira (13/12) entre a gestão municipal e o sindicato patronal. 

A última vez que a tarifa dos ônibus em Belo Horizonte sofreu reajuste foi em dezembro de 2018, quando passou de R$ 4,05 para R$ 4,50. Nos últimos 30 dias, o setor enfrentou duas paralisaçôes dos motoristas de ônibus e outros trabalhadores da categoria. 

Para Alexandre Kalil, o “problema é grave”. O prefeito defendeu que as questões que envolvem um possível colapso do transporte público vão além da cidade: “é nacional”. 





Encontro nacional 

 
Frente aos problemas estruturais e financeiros do transporte público brasileiro, prefeitos de todo o país se reuniram nesta quarta-feira (8/12), em Brasília, para discutir a possibilidade de um subsídio federal para o setor, em especial sobre os custos das tarifas gratuitas. 
 
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) esteve presente no encontro. "O problema atinge o Brasil inteiro. Toda gratuidade no ônibus sai do bolso do catracado, o que paga a passagem, e isso não é justo. Se a lei federal exige gratuidade, o governo federal que banque", defendeu Kalil. 

Atualmente, a estimativa é que o gasto com a gratuidade para idosos, pessoas com deficiência e outros públicos se aproxime dos R$ 8 milhões. Para o Setra, quem deve pagar esta conta é o município. 
 
*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz 

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