Jornal Estado de Minas

ROUBO

Furto de fios de cobre na zona rural mais que dobra em Passos

O número de registros de furto de fios de cobre nas zonas rurais de Passos e São João Batista do Glória, no Sudoeste Mineiro, mais que dobrou em um ano. De 2020 para 2021, o aumento foi de 140%, segundo o delegado Matheus Ponsancini, responsável pela Delegacia Rural de Passos. No ano de 2020, foram 10 ocorrências registradas. Já em 2021, foram registradas 24 ocorrências até 30 de novembro.



“Se analisarmos os números, são quase 2,2 ocorrências por mês , numa zona rural muito extensa aqui em Passos e São João Batista do Glória. Está havendo aumento sim, até mesmo em razão do aumento do valor do fio de cobre. A Polícia Militar prende os receptadores, os autores do furto, só que a pena é muito baixa”, disse. o delegado

A Polícia Civil tem muitas operações, como a operação Eletropleção, realizada recentemente, em que alguns receptadores foram detidos. “Foram três presos, foram três autuados em flagrante, que atualmente respondem ao delito em liberdade”, comentou.

O delegado diz ainda que em todo lugar que há vigilância eletrônica, há menores chances da possibilidade do crime. Ele orienta os moradores da zona rural a observar e identificar veículos, identificar pessoas. “Os moradores precisam tentar fazer uma rede de proteção, um vizinho mais próximo, ficar alerta aos veículos que passam. Obviamente existe um fator dificultador, porque esse tipo de delito ocorre no período noturno”, disse.


Produtores rurais querem mais segurança


Para o presidente do Sindicato Rural de Passos, Darlan Esper Kallas, o que falta é uma política pública de segurança. “Nós temos que combater o receptador. O receptador faz a diferença para o mal, porque se a pessoa pega e não tem para quem vender, ela para de roubar”, disse.



“É importante uma política pública de integração das polícias, para combater, procurar, reprimir, prender este receptador. A gente tem batalhado muito isso aqui junto aos órgãos públicos, junto às Polícia Civil e Militar.  O produtor rural é mais vulnerável, mais desguarnecido, mais desprotegido do que o morador  urbano. Porque é à noite, no escuro e com o distanciamento de uma propriedade para outra facilita para o ladrão”, completou.

Darlan lembra que o prejuízo é grande, porque o produtor tem um tanque resfriador de leite e falta a energia, pois além do furto do transformador o produtor perde o leite, aves e outros materiais que necessitam da energia e elétrica para se manterem. “O alvo de combate, além do meliante, é o receptador”, finalizou.

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