Os moradores de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, foram surpreendidos na manhã desta segunda-feira (29/11) com uma paralisação parcial do transporte público.
Em nota, a Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes de Contagem (Transcon) informou que até às 7h25, 16,67% das viagens haviam sido descumpridas, tendo maior impacto nos bairros Solar do Madeira, Jardim Riacho e Vila São Paulo, que se encontram sem as linhas de ônibus 301C, 402A e 173.
Segundo a TransCon, o movimento não condiz com o acordo realizado na última quinta-feira (25/11), entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Contagem (SINTETCON) e o sindicato patronal, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (SINTRAM), que estabeleceu um acordo de reajuste salarial entre as partes.
A TransCon diz estar surpresa com a paralisação parcial e afirma que acionará a Justiça e o Ministério Público para exigir o restabelecimento total das operações de ônibus.
O órgão também pontua que continuará acompanhando as operações em tempo real através da Central de Monitoramento do Transporte Coletivo e informa que, pelo levantamento de dados, a situação já está se normalizando.
GREVE SUSPENSA
Apenas algumas horas depois do início da greve, o movimento já foi suspenso. Em contato com Cleiton Santos, motorista que participou da paralisação parcial, afirmou que mesmo contra a vontade dos trabalhadores, a greve já foi suspensa.
"O sindicato já assinou a proposta contra a gente, mesmo a gente não querendo. Belo Horizonte também já assinou. A gente vai ver qual passo vai ser dado a partir de agora", pontua.
De acordo com o motorista, ainda não houve nenhuma reunião para decidir os próximos caminhos, mas por enquanto, a greve está suspensa.
PROPOSTA
No acordo firmado, o Sintetcon aceitou uma proposta de reajuste de 9% no salário e no vale-refeição dos motoristas. Os trabalhadores que realizaram a paralisação nesta manhã alegavam estar há três anos sem reajuste e reinvidicavam o aumento de 15%.
A reportagem procurou o sindicato dos profissionais, mas não obteve resposta oficial até a publicação desta matéria.
*Estagiário sob supervisão do subeditor Daniel Seabra