(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas GREVE DE MOTORISTAS DE ÔNIBUS

Kalil marca nova reunião para tentar evitar greve de motoristas de ônibus

Trabalhadores do transporte públicos de BH decidiram por paralisar atividades a partir da próxima segunda-feira


19/11/2021 14:31 - atualizado 19/11/2021 15:59

Alexandre Kalil, prefeito de Belo Horizonte
Alexandre Kalil, prefeito de BH, durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
A greve dos motoristas do transporte público de Belo Horizonte, prevista a partir da próxima segunda-feira (22/11), será debatida no mesmo dia, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A expectativa da Prefeitura de BH e do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de BH (SetraBH) é de que o movimento seja suspenso até a realização da reunião de conciliação, que pode acontecer também no fim de semana.

A nova reunião para conciliação foi definida em um encontro de cerca de quatro horas entre a manhã e a tarde desta sexta-feira (19/11), na Prefeitura de Belo Horizonte. Os trabalhadores cobram um reajuste salarial que, segundo a classe, não é concedido há dois anos.

Participaram do encontro na sede do Executivo, na Região Central da cidade belo-horizontina, o prefeito Alexandre Kalil (PSD); o vice-prefeito Fuad Noman (PSD); o procurador-geral do município, Castellar Guimarães Filho; o presidente da Empresa de Transportes e Trânsito de BH (BHTrans), Diogo Prosdocimi; o secretário de Obras e Infraestrutura, Josué Valadão; o presidente do SetraBH, Raul Lycurgo; e integrantes do TRT.

Os motoristas decidiram na quinta-feira (11) da semana passada, durante assembleia organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belo Horizonte (STTRBH), iniciar a greve a partir de segunda-feira. A confirmação se deu nessa quinta-feira (18), a partir de comunicado à Prefeitura de BH.

Ainda nesta sexta, STTRBH e SetraBH vão se encontrar, quando a reunião de conciliação comm mediação do TRT será apresentada. A partir de então, será possível observar se o movimento grevista vai aguardar esta reunião na Justiça ou iniciar a greve na segunda-feira, data prevista para início da paralisação.
 
"O assunto é grave, é gravíssimo. Nós tentamos intermediar, conseguimos com sucesso. Quero agradecer ao TRT, que prontamente atenderam nosso pedido e vão antecipar essa reunião de conciliação para segunda- feira, e nós temos certeza que com essa antecipação os trabalhadores vão entender. O Setra quer negociar com os trabalhadores, não é assunto da prefeitura, o assunto da prefeitura é a população ficar sem transporte público. Essa é nossa grande preocupação, isso que nós focamos, o assunto é grave, não é com grito que resolve, não é com microfone, é com trabalho", afirmou Kalil, nesta sexta, após a reunião.
 
"Temos que trabalhar para a cidade, e foi isso que nós fizemos. Não é assunto da prefeitura, estamos intermediando para que se resolva, é problema entre o Setra e entre os trabalhadores que nós temos que entender também que o momento é difícil para todo mundo. Esperamos que com esta reunião na segunda-feira, e o Setra vai reunir hoje à tarde com os trabalhadores para que diga que não é quinta-feira a reunião, que é segunda-feira", completou o prefeito.
 
Raul Lycurgo, presidente do SetraBH, considera que o sindicato de empresas fez o que estava ao alcance e espera o entendimento dos trabalhadores. "Estamos tentando formar uma saída, e nada melhor do que o Ministério Público do Trabalho estar na mesa e o Poder Judiciário também na mesa para que a gente possa de alguma forma chegar a um consenso. O objetivo nosso é chegar a um consenso, o objetivo nosso é que a população de Belo Horizonte não seja prejudicada por isso", afirmou, após a fala de Kalil.

O STTRBH afirma que, antes do demorado encontro desta sexta-feira, cinco tentativas de acordo foram realizadas entre a categoria e representantes do Setra-BH, sem sucesso. A última aconteceu no dia seguinte à assembleia que aprovou a greve, na última sexta-feira (12).

Apesar do planejamento do movimento grevista, ainda incerta, a paralisação não seria de toda a frota e seguiria as diretrizes da Lei número 7.783, que dispõe sobre o direito à greve no país. Ao menos 30% dos ônibus iriam continuar circulando neste período em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)