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Estado de Minas COVID-19

Áustria confina não vacinados


15/11/2021 04:00

Centenas de manifestantes protestaram contra a medida diante da sede do governo
Centenas de manifestantes protestaram contra a medida diante da sede do governo, sob o lema "não à vacinação obrigatória" (foto: Georg Hochmuth/APA/AFP)

As pessoas não vacinadas ou que não contraíram recentemente a COVID-19 terão que obedecer um confinamento a partir de hoje na Áustria, uma medida inédita na União Europeia que pretende frear o número recorde de novos casos. "A situação é grave. (...) Não adotamos a medida de maneira leve, mas infelizmente é necessária", disse o chanceler Alexander Schallenberg em uma entrevista coletiva em Viena.

Quase 65% da população recebeu as duas doses da vacina na Áustria, percentual inferior à média europeia, que é de 67%, e longe de países como Espanha (79%) e França (75%). "O percentual de vacinação é vergonhosamente baixo e sem aumentá-lo não conseguiremos sair desse círculo vicioso (da pandemia)", disse o chanceler, ao anunciar o plano de confinamento.

As pessoas afetadas pela medida não poderão deixar suas casas, exceto para fazer compras, praticar atividades físicas ou receber atendimento médico. O confinamento será aplicado a todos nesta situação a partir dos 12 anos, cuja vacinação começa também hoje.

E para garantir o respeito à medida, as autoridades farão controles não anunciados "em uma escala sem precedentes" em zonas públicas, segundo o governo, que mobilizará viaturas policiais adicionais. Os infratores se arriscam a pagar uma multa de 500 euros (cerca de R$ 3 mil). Quem se negar a passar pelos controles pagará 1.450 euros.

O governo avaliará os resultados das restrições em um prazo de 10 dias, informou o ministro da Saúde, Wolfgang Mückstein, que pediu aos hesitantes que aceitem a vacina o mais rápido possível. A medida deve ser aprovada pelo Parlamento durante a tarde, o que 'a priori' é uma simples formalidade.

PROTESTOS 


Centenas de manifestantes contrários à medida se reuniram diante da sede de governo com cartazes que incluíam a frase "Não à vacinação obrigatória". As pessoas não vacinadas já estão proibidas de entrar em restaurantes, hotéis e salões de beleza. "Estou aqui para enviar uma mensagem, temos que lutar", declarou Sarah Hein, de 30 anos, que trabalha em um hospital e estava entre os manifestantes. "Queremos trabalhar, queremos ajudar as pessoas, mas não queremos que nos vacinem. Depende de nós".

IMUNIZAÇÃO INFANTIL 

A cidade de Viena também é a primeira da UE a iniciar um programa de vacinação para crianças de 5 a 11 anos, com o fármaco da Pfizer-BioNTech. As primeiras 5 mil doses na faixa etária serão aplicadas hoje. A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) está revisando os dados e ainda não anunciou a aprovação à vacinação das crianças. Os países-membros, no entanto, têm o direito de utilizar produtos não autorizados em resposta a uma emergência de "saúde pública".

Também em Viena, para comparecer a eventos culturais ou esportivos com mais de 25 pessoas ou para sair para jantar será exigido a partir de agora um teste PCR, além do certificado de vacinação ou de recuperação da doença.

No sábado, a Áustria registrou mais de 13 mil novos casos de COVID-19 em um país com mais de 9,8 milhões de habitantes, o maior número de contágios desde o início da pandemia, que provocou 11.700 mortes no país. A Europa é afetada por uma nova onda da pandemia, o que obrigou vários países a restabelecer as restrições, como Holanda e Noruega.

A taxa de infecção na Áustria em sete dias é de 775,5 novos casos por 100 mil habitantes. A título de comparação, a Alemanha, país vizinho, que tem taxa de 289 por 100 mil habitantes, também já soou o alarme sobre os números crescentes.

ALEMANHA 

Segundo um projeto de lei ao qual a agência de notícias AFP  teve acesso, a Alemanha estaria se preparando para voltar ao regime de trabalho em home office, em um contexto de aumento sem precedentes das infecções do novo coronavírus. A reintrodução da medida, que havia sido suprimida em julho, chega no momento em que o país enfrenta a quarta onda do vírus.

Desde meados de outubro, as infecções e as mortes dispararam no país europeu, enquanto a campanha de vacinação já imunizou 67% da população. Com 289 casos por 100 mil habitantes, a Alemanha registrou ontem uma taxa de incidência recorde desde o início da pandemia, segundo o Instituto Robert Koch (RKI). "A próxima onda vai eclipsar todas as anteriores", disse o responsável regional da Saxônia, a mais afetada em todo o país, em uma entrevista à publicação semanal Bild am Sonntag.

Segundo o rascunho do projeto, as empresas serão obrigadas a oferecer a opção de teletrabalho se não houver uma "razão laboral imperativa" para comparecer ao local de trabalho. Além disso, as pessoas que trabalharão presencialmente deverão comprovar que estão imunizadas ou que testaram negativo para o vírus.

O governo alemão também está preparando medidas para limitar o acesso a certos eventos às pessoas que estejam vacinadas ou tenham se recuperado da doença e possam apresentar um teste negativo, segundo informações da imprensa local.



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