Jornal Estado de Minas

IMUNIZAÇÃO CONTINUA

Vacinação tem foco nos adolescentes nesta semana em BH


Com 3.331.748 doses aplicadas até o último balanço – que ainda não contabiliza as injetadas no sábado –, Belo Horizonte abre e fecha o calendário de vacinação contra a COVID-19 desta semana com imunização de adolescentes sem comorbidades. A fila do grupo começou a andar na quarta-feira, quando a vacina foi oferecida aos jovens de 17 anos.




 
Nesta segunda (4/10), é a vez dos de 16 e amanhã, dos de 15. Na sexta-feira e no sábado, a agulhada é para a garotada de 14 e 13, nessa ordem. Por ora, ainda não há data definida para a imunização dos mais jovens do grupo, de 12, que ainda depende da disponibilização de doses por parte do Ministério da Saúde e sua distribuição pelo governo do estado. A vacina usada é a da Pfizer, a única liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para essa faixa etária.
 
Segundo o balanço publicado pela prefeitura no dia 1°, sexta-feira, a capital mineira aplicou 1.968.116 primeiras doses de imunizantes contra a COVID-19, 1.269.752 segundas, 59.267 injeções da Janssen (em dose única) e 34.613 reforços. A cobertura de primeira dose já alcança 78,1% dos 2.199.135 moradores de 12 anos ou mais – público-alvo da vacinação desde a inserção dos adolescentes na faixa elegível, e 51,2% completaram o esquema de duas injeções.
 
Para a vacinação desta semana, as faixas listadas para os adolescentes dizem respeito à idade completada até 31 de outubro deste ano. Para receber a dose o adolescente tem necessariamente que ser morador de Belo Horizonte, apresentar documento de identificação com foto e não ter tomado vacina contra a doença ou qualquer outra nos últimos 14 dias. O jovem também não pode ter tido COVID-19 nos 30 dias anteriores à data da injeção.




 
De acordo com o calendário divulgado pela prefeitura na semana passada, estão na fila esta semana também alguns grupos de maiores de 18 anos com alto grau de imunossupressão, nesse caso para receber a terceira dose, de reforço. Moradores de 70 anos ou mais nessa condição recebem a terceira dose na quinta-feira e as de 50 a 69, no sábado. Só podem receber o reforço aqueles que tomaram a segunda dose há, pelo menos, 28 dias.
 
Segundo o Ministério da Saúde, são elegíveis para a dose de reforço pessoas imunossuprimidas por diversos fatores, como imunodeficiência primária grave, quimioterapia para tratamento de câncer, transplantados de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) em uso de drogas imunossupressoras e moradores vivendo com HIV/Aids.
 
O mesmo vale para aqueles que usam corticoides em doses superiores a 20 miligramas por dia de prednisona, ou equivalente, por mais que 14 dias. As pessoas que consomem drogas modificadoras da resposta imune também podem receber a terceira dose. O reforço também se destina a pacientes com doenças autoinflamatórias, intestinais inflamatórias e imunomediadas inflamatórias crônicas e em procedimento de hemodiálise.




No momento da vacinação, é preciso apresentar exames, receitas, relatório médico e/ou prescrição médica emitidos em até 12 meses antes da data da convocação para a dose adicional, devendo conter o número do registro do respectivo conselho de classe, de forma legível.
 
O morador também precisa apresentar documento de identificação com foto e CPF, levar comprovante de residência em Belo Horizonte, não ter recebido qualquer outra vacina nos últimos 14 dias e não ter tido COVID-19 com início de sintomas nos últimos 30 dias.
 
Além das orientações acima, é necessário que o público convocado apresente um comprovante, podendo ser utilizados laudos, declarações, prescrições médicas, relatórios médicos com descritivo ou CID da doença ou condição de saúde (emitidos em até 12 meses antes da data do cadastro), assinado e carimbado, em versão original.




 
Independentemente de serem ou não imunossuprimidos, idosos já vêm sendo convocados para receber a terceira dose em Belo Horizonte. Para aqueles que não são imunossuprimidos, com vacinação apenas pelo critério de idade, é exigido intervalo de 6 meses entre a segunda e a terceira dose. Na quarta-feira será a vez dos de 76 anos e na quinta, dos de 75 que cumpram esse requisito.

Horários e locais

 
O horário de funcionamento dos locais de vacinação em dias úteis é das 8h às 17h para pontos fixos e extras, e das 8h às 16h30 para pontos de drive-thru. Já aos sábados, os postos fixos e extras funcionam das 7h30 às 14h, e os pontos drive-thru das 8h às 14h.
 
Quanto aos locais para imunização, é importante que a população consulte as informações disponibilizadas no portal da prefeitura antes de se deslocar. Isso porque a lista de vacinação varia de acordo com a logística adotada pelo Executivo municipal.




 
Há também quatro pontos de vacinação com horário noturno, que funcionam de segunda a sexta-feira: UFMG Câmpus Saúde (Escola de Enfermagem, das 12h às 20h), Faculdade Pitágoras da Rua dos Timbiras (das 8h às 20h), UNA-BH da Rua dos Aimorés (das 8h às 20h) e a Faminas-BH da Avenida Cristiano Machado (das 8h às 20h).
 
Porém, excepcionalmente até o dia 12 esse último ponto de vacinação não estará em funcionamento. Os públicos elegíveis para se vacinar no período noturno são exclusivamente os convocados para o dia em questão.

Multivacinação 

Está aberta na capital mineira, até o dia 29, a Campanha Nacional de Multivação, que começou sexta-feira, para atualizar a caderneta de imunização de crianças e adolescentes de até 14 anos.




 
A vacinação está sendo realizada em todos os Centros de Saúde da capital e tem como finalidade aumentar as coberturas vacinais, reduzindo a incidência e contribuindo para o controle e erradicação das doenças imunopreveníveis no grupo.
 
Estão disponíveis para o público as vacinas: BCG, Rotavírus, Meningocócia C, Pneumocócica 10, Hepatite B, Pentavalente, Pólio Inativada, Pólio Oral, Febre Amarela, Hepatite A, DTP, Varicela, Meningocócica ACWY, HPV, Tríplice Viral, Dupla Adulto, Tríplice Bacteriana Adulto e Gripe. A previsão do Dia D, segundo o Ministério da Saúde, é 16 de outubro.

Cronograma


Turismo anuncia retomada de cruzeiros


Suspensos no país desde o início da pandemia de COVID-19, os cruzeiros marítimos retornarão à costa brasileira em novembro, anunciou o Ministério do Turismo. Em nota emitida na noite de sábado, a pasta informou que uma portaria será assinada nos próximos dias. Após a publicação da portaria, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) editará uma norma com os protocolos sanitários. As viagens também deverão respeitar as regras das cidades onde os navios atracarem. A liberação dos cruzeiros ocorre três semanas depois de a Anvisa ter se posicionado contra a medida.




 
Entre os protocolos a serem definidos pela Anvisa, estão a realização de testes antes do embarque em todos os passageiros, vacinação e testagem dos tripulantes, uso de máscaras, distanciamento, ocupação reduzida nos navios, desinfecção e higienização constantes nas embarcações e fornecimento de ar fresco sem recirculação (nos moldes dos filtros especiais dos aviões).
 
Em 10 de setembro, a agência havia informado que as evidências sanitárias e epidemiológicas ainda não apontavam a retomada dos cruzeiros como ação segura. Naquele momento, não havia previsão de uma nova reavaliação da medida.
 
Segundo o Ministério do Turismo, a autorização para a temporada de cruzeiros 2021/2022 envolveu a aprovação conjunta de medidas dos Ministérios da Saúde, da Justiça, da Infraestrutura, da Casa Civil e da Presidência da República. A expectativa, informou o governo, é gerar R$ 2,5 bilhões para a economia e criar 35 mil empregos, o que representaria crescimento de 11% em relação à temporada 2019/2020.
 
Para a temporada de cruzeiros 2021/2022, que vai de novembro até abril do próximo ano, estão previstos sete navios, informou o Ministério do Turismo. As embarcações devem ofertar mais de 566 mil leitos, 35 mil a mais que na temporada 2019/2020, e farão cerca de 130 roteiros e 570 escalas em portos brasileiros. 






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