Jornal Estado de Minas

'ESTRATÉGIA DE GUERRA'

Na pior seca em 91 anos, Uberaba decide fechar todos os reservatórios

Na pior seca dos últimos 91 anos, Uberaba decidiu fechar todos os 11 reservatórios da cidade, a partir desta semana, de segunda a sexta. A ação tem como objetivo fazer com que os níveis sejam restabelecidos com maior velocidade.




 
A Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas (Codau) informou que os reservatórios na cidade do Triângulo Mineiro serão fechados das 8h às 16h. 
 
“O horário é escolhido para evitar os picos de consumo durante o dia e diminuir o tempo de intermitência. Os reservatórios são reabertos e fechados para recuperação de nível ao mesmo tempo", explica o presidente da Codau, José Waldir de Sousa Filho
 
"Com esta programação traçamos o objetivo de reduzir o tempo de intermitência no máximo possível”, complementa. 
 
O fechamento durante o horário de pico em Uberaba dos 11 centros de Reservação começou na última sexta-feira (17/9), entre 7h e 17h, sendo que no domingo (19/9), aconteceu esse mesmo planejamento.




 
Isso porque o Rio Uberaba reduziu a vazão em 16% no fim de semana, comprometendo o abastecimento da cidade.
 
Antes disso, a Codau vinha mantendo o planejamento de fechamento dos centros de Reservação apenas nas madrugadas, inicialmente com 5 horas e depois com 7 horas/noite, intercalando pelo menos duas vezes na semana para cada um dos 11 reservatórios.
 
Pior seca dos últimos 91 anos
 
O presidente da Codau Uberaba faz questão de frisar que os moradores da cidade devem se conscientizar que é preciso economizar em todas as tarefas que demandam muito gasto de água e não são consideradas essenciais.
 
“A seca é um evento crítico, a pior dos últimos 91 anos, e uma estratégia de guerra desta natureza deve ser assumida por todos”, alerta.
 
Maior consumo
 
Ainda conforme a Codau, atualmente, o consumo de água em Uberaba aumentou e está próximo a 200 litros/habitante/dia.
 
Com relação ao consumo acumulado de maio a agosto deste ano em Uberaba, o aumento foi de 23%, sendo que este índice está 26% acima do consumo per capita do Brasil, que é de 158 l/hab./dia.
 

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