Jornal Estado de Minas

COVID-19

Uberlândia volta a cobrar do Governo de Minas correção no envio de vacinas


A Prefeitura de Uberlândia solicitou pela terceira vez ao Governo de Minas Gerais a correção do envio que considera desproporcional de vacinas contra a COVID-19 e a entrega de doses extras à cidade. De acordo com o município, há disparidade de doses enviadas à cidade do Triângulo Mineiro na comparação com os municípios de Juiz de Fora e Belo Horizonte, por exemplo.



 
O novo ofício foi elaborado após resposta do Governo mineiro aos pedidos de esclarecimento por parte da Prefeitura, encaminhados nos dias 20 e 29 de julho, quanto aos critérios para distribuição de doses pelo Estado. Isso uma vez que explicação desenvolvida pela Superintendência Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde corroborou com o cenário apontado pelo Município.
 
Foi confirmado que, no comparativo entre números absolutos referentes à distribuição dos imunizantes para Uberlândia e Juiz de Fora, a segunda maior cidade de Minas Gerais recebeu menos doses de forma global.

Conforme as informações do órgão, Uberlândia, com população estimada pelo IBGE de quase 700 mil habitantes, obteve aproximadamente 88% das doses D1 e 54% das doses D2. Enquanto isso, Juiz de Fora, cuja população é estimada em pouco mais de  570 mil pessoas, foi contemplada com quase 92% das doses D1 e aproximadamente 64% das doses D2. Uma diferença que representa, na prática, cerca de 45 mil doses a menos (15 mil D1 e 30 mil D2) para Uberlândia.





O novo documento foi destinado não só à subsecretária estadual de Vigilância em Saúde, Janaína Passos de Paula, com cópia ao secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, mas comunicação semelhante também foi remetida ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
 
Diante do panorama dissonante e tendo em vista a alta na taxa de transmissão de vírus e ocupação de leitos, o município também requereu, além da revisão dos critérios para correção de eventuais prejuízos, o envio de doses extras.

O objetivo é auxiliar nos esforços para controle da escalabilidade viral, que já se encontra prejudicada pela desproporcionalidade apontada. A Prefeitura reforçou que “conta com estrutura e equipes preparadas para realizar aplicação da vacina em sua população no menor tempo possível”.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde sobre o assunto e aguarda resposta.

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