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Estado de Minas INCÊNDIOs FLORESTAIS

Paixão pela defesa da natureza


23/07/2021 04:00 - atualizado 23/07/2021 00:20

Claudinho no local onde combateu incêndio que durou dias em 2020:
Claudinho no local onde combateu incêndio que durou dias em 2020: "Tenho pra mim que ser brigadista é uma obrigação social de quem mora no mato", disse o brigadista voluntário (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

“Você me pegou num momento quente", descreveu à época, com bom humor, o brigadista voluntário Claudinei Luiz da Silva, de 52 anos, fotografado pelo EM em estado de exaustão durante combate ao fogo na Serra do Espinhaço, em outubro de 2020. Em reencontro com a equipe de reportagem do Estado de Minas,  ele foi convidado a voltar ao local exato da foto para nos contar como foi e como está sendo a repercussão, já que a imagem, publicada na capa da edição de 13 de outubro, viralizou e ele chegou a ganhar um prêmio ecológico pela repercussão da imagem, onde aparece tentando repousar com a cabeça sobre a mochila costal, esgotado, sem forças para dar continuidade à árdua tarefa de combater as chamas naquele instante. "Tenho pra mim que ser brigadista é uma obrigação social de quem mora no mato", convida.

Claudinho, como é chamado por todos, sempre que pode reafirma sua paixão pela defesa da natureza por meio da atividade de brigadista. Para ele, defender Cerrado  "é uma cachaça, uma adrenalina com uma recompensa que não há dinheiro que pague”, garante. Ao chegar ao local onde foi feita a foto, ele começou a recapitular aquele momento. "Lembro que estava defendendo uma casa num ponto da Lapinha da Cima quando me senti estafado pois a fumaça havia tomado o meu pulmão. Daí, me deitei neste ponto aqui e fiz um gesto que já usavas antes para recobrar as forças, este que você me fotografou", ilustra.

O voluntário mostrou à reportagem que boa parte do campo rupestre ainda está chamuscado pelas chamas de 2020. " O Cerrado demora mais a se regenerar e é por isto que não pode queimar assim, temos que ficar mais atentos e não deixar se espalhar quando ocorrer", frisa.

De lá pra cá, sua luta pela brigada continua. Defensor de medidas de precaução, está preocupado  com a pouca mobilização do poder público, haja vista que a temporada da estiagem está começando e alguns incêndios já começam a acontecer, como o do fim de semana passado no alto da Serra Caetana, no Cipó, que foi debelado por brigadistas voluntários com equipamentos cedidos pelo ICMBios do Parque Nacional da Serra do Cipó. Para Claudinho é de suma importância o suporte dado aos voluntários: "Somos nós que apagamos e fogo nas nossas terras".



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