Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Angelândia suspende aulas presenciais por 60 dias

As aulas presenciais em Angelândia, no Vale do Jequitinhonha, não vão retornar, em princípio, até setembro. Foi o que decidiu a prefeitura da cidade de 8 mil habitantes em um decreto publicado no Diário Oficial.





O motivo é a alta no número de casos de COVID-19 e a "falta de segurança sanitária" para que as atividades possam acontecer normalmente.
 
A medida vale até para as duas escolas estaduais do município, que poderiam retomar as aulas após decisão do governo do estado.
 
O texto, assinado pelo prefeito João Paulo Batista de Souza (PSDB), se baseia em notas técnicas publicadas pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Observatório COVID-19 BR e Rede Análise COVID-19.

"Não é hora de retomar as aulas presenciais, sob o risco de transformar as escolas em espaço de disseminação do vírus e de ameaça à vida", aponta.
 
O decreto tem validade de 60 dias, podendo ser prorrogado por outros 60. Na teoria, as aulas em Angelândia podem voltar apenas em setembro, se o cenário da pandemia melhorar até lá.




 
Além de determinar a suspensão das atividades escolares, a publicação também criou uma Comissão Intersetorial para discutir a questão.

Composta por representantes das secretarias de Saúde, Educação, Assistência Social, professores, funcionários e pais de alunos, a ideia é que todas as discussões sobre a retomada das atividades escolares sejam discutidas em conjunto.
 
O último boletim aponta que a cidade tem 189 casos confirmados e uma morte desde o início da pandemia. Mas, segundo a prefeitura, o grande problema ainda é o número de pessoas que estão em isolamento. São 30 até o último levantamento. 
 
Segundo o Vacinômetro municipal, 132 profissionais da educação já tomaram a primeira dose da vacina contra a COVID-19, mas não há informações se esse seria o total a ser imunizado. Nos dados estaduais também não há essa classificação.
 
No dado geral, do Vacinômetro do governo de Minas, Angelândia já imunizou 100% das pessoas do grupo prioritário com a primeira dose e 38,36% com a segunda.

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