Jornal Estado de Minas

R$ 4,5 MILHÕES

MP e Usiminas assinam acordo por reparação dos danos de explosão em 2018

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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Usiminas firmaram acordo para reparar os danos causados pela explosão de um gasômetro em Ipatinga, no Vale do Aço. A assinatura aconteceu nesta segunda-feira (24/5) e definiu aplicação de R$ 4,5 milhões da empresa em projetos socioambientais.





 

A tragédia aconteceu em 10 de agosto de 2018 e deixou 34 pessoas feridas, a maioria delas com tonturas pela inalação do Linz Donawitz Gas, conhecido como gás de aciaria.

 

O estrondo causou um tremor de terra de 1,8 na escala Richter e deixou a população de Ipatinga em pânico.

 

O termo firmado pelo MPMG prevê, ainda, a implementação de programas de compilance ambiental por parte da Usiminas.

 

A siderúrgica terá que contratar uma auditoria para implementar, acompanhar e emitir relatórios sobre as medidas para prevenir e mitigar riscos ao meio ambiente.

 

Além disso, segundo o Ministério Público, a Usiminas terá que elaborar e implementar um “Plano de Ação de Emergência” referente a sua atividade na usina de Ipatinga.





 

O objetivo é garantir a segurança dos funcionários, da população e do meio ambiente.

 

O documento também prevê a implementação de medidas de segurança em caso de construção de um novo gasômetro no lugar daquele que explodiu em 2018.

Relembre o caso

O Corpo de Bombeiros informou ter sido acionado por volta das 12h45 de 10 de agosto de 2018. No local, brigadistas da empresa já tinham encaminhado 30 feridos para o Hospital Márcio Cunha, nenhum deles em estado grave.

 

“Uma pessoa sofreu um corte na face, decorrente de um estilhaço que foi lançado na explosão. As outras 29 vítimas foram pessoas que tiveram tonturas ou passaram mal diante da situação de pânico ou da inalação de gás”, informou a corporação à época.





 

Durante a tarde, pelo menos outras quatro pessoas procuraram unidades hospitalares para atendimento, o que fez o número de hospitalizados saltar para 34.

 

Segundo o Hospital Márcio Cunha, a maioria dos feridos foi liberada da estrutura no mesmo dia do fato.

 

O gás que estava no tanque é chamado de LDG (Linz Donawitz Gas), conhecido ainda como gás de aciaria. Segundo o Corpo de Bombeiros, o principal componente da mistura é o monóxido de carbono.

 

Na usina, há dois reservatórios idênticos ao que explodiu, a aproximadamente 100 metros do tanque danificado. A empresa, de acordo com os bombeiros, tomou medidas preventivas evitar novos incidentes logo após a explosão.

 

O Rio Piracicaba, que passa por Ipatinga, foi contaminado à época.