Jornal Estado de Minas

SAÚDE

Em Cássia, projeto prevê publicidade na marcação de procedimentos na rede


Em Cássia, cidade que completa 131 anos neste sábado (22/5), a situação da saúde se agrava com a pandemia, mas os atendimentos fora dela também estão comprometidos. Uma pessoa que vai marcar cirurgia eletiva na rede municipal de saúde chega a esperar mais de dois anos na fila. Alguns morrem antes de sair autorização para o procedimento.



 
O vereador Jonas Cunha (PP) deu entrada, na Câmara Municipal da cidade, a um projeto de lei prevendo a obrigatoriedade da divulgação de listagens de pacientes que aguardam por consultas com especialistas, exames e cirurgias na rede pública municipal de Cássia.
 
Sendo assim, se aprovado e sancionado pelo prefeito Rêmulo Carvalho Pinto (PP), a prefeitura deverá divulgar em seu site a listagem dos pacientes que aguardam por consultas com especialistas, exames médicos e cirurgias eletivas.

Vale ressaltar que a divulgação não conterá o nome dos pacientes, evitando assim qualquer constrangimento. O paciente será identificado pelo número do CNS (Cartão Nacional de Saúde).
 
“A ideia principal do projeto é dar publicidade aos atos do governo municipal, ou seja, dar transparência. Da mesma forma que você acompanha em um consultório físico o momento que será chamado para consultar por meio de uma senha, temos o direito de acompanhar como está o andamento dos procedimentos no município”, justificou o vereador. 




Segundo Cunha, se o projeto virar lei, dará um passo importante no combate a qualquer situação que possa gerar dúvidas ou que demonstre indícios de situações maliciosas.
 
A secretária de Saúde do município, Eliane David de Oliveira, admite os problemas. Segundo ela, as cirurgias eletivas estão suspensas em razão da pandemia. Em relação aos exames de alta complexidade, são poucos os liberados para a rede.

“Para se ter uma ideia, liberam apenas  uma ressonância magnética por mês”, justificou.
 
Sobre as consultas especializadas, Eliane explica que a agenda depende da Policlínica de Passos. O município compra o procedimento da Santa Casa de Misericórdia de Passos, que enfrenta superlotação em razão da pandemia de COVID-19. 

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