Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

COVID: dificuldade na licitação atrasa obra para abertura de UTIs em Frutal


Há 40 dias a secretária de Saúde de Frutal, Lamonise Ribeiro, afirmou que existia a previsão de os dez primeiros leitos da UTI de Frutal iniciarem seu funcionamento nesta semana, atendendo inicialmente pacientes graves da COVID-19 da cidade e microrregião. Entretanto, apesar de os equipamentos já terem sido adquiridos, a abertura das unidades não pode ser concretizada.



 
O prefeito de Frutal, Bruno Augusto diz que, infelizmente, não foi possível cumprir o prazo devido a dificuldades em finalizar licitação com empresa de engenharia para finalizar as obras de adequação do local.

“Nesta quarta-feira (19/5), às 9h, com transmissão ao vivo no canal do YouTube da prefeitura de Frutal, quatro empresas participarão de licitação para executar o serviço", destacou o prefeito.

"O projeto de engenharia da UTI já está pronto. O que falta é dar certo a empresa para executar as adequações do local e adquirir parte dos insumos para colocar a UTI para funcionar", acrescentou Bruno Augusto.




 
O prefeito afirma já ter enfrentado alguns insucessos nesta tarefa: "Já fomos atrás de inúmeras empresas e a maioria não quer pegar para licitar porque acredito que estejam já com muitos serviços, ainda mais nesta época de pandemia. Sem contar que muitas empresas estão cobrando valores muito acima do mercado”, explicou.
 
Em relação aos recursos para garantir a finalização das obras e iniciar o funcionamento da UTI, Bruno Augusto garantiu que a prefeitura têm verba em caixa.

“O problema não é dinheiro. As obras que faltam devem custar em torno de R$ 500 mil e depois a UTI vai custar R$ 800 mil por mês. Já recebemos R$ 500 mil da Câmara Municipal e outros R$ 500 mil de dívida do estado com o município. Além disso, alguns prefeitos da microrregião de Frutal com quem conversei demonstraram interesse de participar do nosso consórcio regional para manter a UTI”, contou.
 
Bruno Augusto já conversou com o prefeito de Itapagipe, Ricardo Garcia, com o prefeito de Limeira do Oeste, Enedino Pereira, e ainda com o prefeito de União de Minas, Geova Tomaz.
 
Para cada um deles, o prefeito de Frutal entregou um documento no qual apresenta a proposta de criar um consórcio com todos os municípios da região, com o intuito de melhorar e ampliar os atendimentos disponibilizados tanto no Hospital Frei Gabriel quanto na UTI.




 
“A formação desse consórcio criará condições para que seja oferecido atendimento médico de qualidade, diminuindo assim a necessidade de que pacientes da nossa região sejam transferidos para Uberaba”, finalizou.
 
Atualmente, pacientes graves de Frutal são transferidos para hospitais de cidades de sua região como, por exemplo, Uberaba, São José do Rio Preto e Barretos, as duas últimas no interior paulista.  
 
Neste momento, segundo o último boletim epidemiológico de Frutal, dos 26 leitos de enfermaria/COVID disponíveis no Hospital Municipal Frei Gabriel, 19 estão ocupados. Outros onze moradores da cidade estão internados em UTIs de hospitais da sua macrorregião. 
 
Desde o início da pandemia foram contabilizados em Frutal 5.487 casos positivos da doença e destes, 176 pessoas morreram e 5.133 se recuperaram. 
 
 

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