O
consumo
irregular
de
energia
em
Belo Horizonte
e em
Contagem
vem sendo registrado há muito pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). A empresa registrou queixa junto à Polícia Civil, que realizou, nesta quarta-feira (5/5), a operação, batizada de
Gatos
, para identificar os
fraudadores
.
O proprietário de um estabelecimento comercial foi preso em flagrante e dois equipamentos de registro com suspeita de fraude foram apreendidos e encaminhados para a perícia. A princípio, o prejuízo é estimado em R$ 60 mil.
A operação foi realizada por policiais da 2ª Delegacia Especializada em Investigação e Repressão ao Furto e Roubo, que integra o Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) e da Coordenação de Operações da SIPJ.
Segundo as investigações, os estabelecimentos utilizavam uma fonte com ligação direta para que não ocorresse o registro de consumo.
O delegado Gustavo Barletta explica que a denúncia surgiu por meio da Cemig , uma vez que o consumo era diagnosticado como zerado em estabelecimentos que, normalmente, consumiam em torno de sete mil quilowatts.
“Os responsáveis pelos estabelecimentos foram notificados pela companhia energética e, mesmo assim, continuavam com o uso irregular do medidor de energia”, pontua o delegado Barletta.
Medição do consumo
Toda a operação policial foi acompanhada por técnicos da Cemig. Coube a eles fazer testes de medição, constatando o registro irregular de consumo em dois estabelecimentos.
Segundo o responsável pela fiscalização, quando é feita uma leitura mensal, o sistema da companhia faz uma conferência em tempo real, o que possibilita a identificação do desvio de energia.
O homem preso na operação pode responder pelo crime de furto simples, com pena de um a quatro anos, ou por furto qualificado pelo rompimento de lacre, cuja pena varia de dois a oito anos de prisão.
Outros empresários e desvios foram identificados, mas nenhum foi encontrado. Eles serão investigados e o objetivo da polícia é prendê-los também.