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Estado de Minas VOLTA ÀS AULAS NA PANDEMIA

Impasses dificultam reabertura das escolas infantis em BH

Instituições particulares de ensino já esperam alunos com até 5 anos, enquanto pais se dividem e professores da rede municipal decidem não retornar


21/04/2021 06:00 - atualizado 21/04/2021 07:28

Claudia Felga, diretora de escola no Bairro Sion, preparou protocolos, mas pede checagem de temperatura e sintomas também em casa (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Claudia Felga, diretora de escola no Bairro Sion, preparou protocolos, mas pede checagem de temperatura e sintomas também em casa (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)


O anúncio da retomada, na próxima segunda-feira, das aulas presenciais para crianças de zero a cinco anos em Belo Horizote não pegou as instituições particulares de surpresa. Escolas ouvidas pelo Estado de Minas garantem estar preparadas, após ter adotado protocolos que começaram a ser elaborados no ano passado. de acordo com autoridades de saúde e experiências de outros países nos quais houve controle da pandemia da COVID-19. No entanto, na rede municipal, já foi criado impasse. Os professores decretaram uma espécie de “greve sanitária”, ou seja, não voltarão às escolas, continuando o trabalho remoto, decisão aprovada, ontem, em assembleia virtual da categoria. Entre os pais, ainda há muitas dúvidas e diferentes posicionamentos sobre a decisão de mandar ou não os filhos para as salas de aula.
 
Proposta com regras sanitárias para as escolas foi elaborada pela Prefeitura de BH e está disponível desde novembro de 2020, com atualização feita em 17 de fevereiro. As dependências do Coleguium Rede de Ensino estão prontas, como assegura a diretora-geral da instituição, Daniele Passagli. “Para receber as crianças, nos nossos prédios, estamos nos preparando desde o ano passado.” As principais medidas são o distanciamento físico, a sanitização, a higienização e o monitoramento das crianças. A escola optou por horário diferenciado para a realização das atividades pelas turmas, entre outras medidas, como uso de máscaras.
 
A chegada das crianças é um ponto de atenção. No Coleguium, haverá aferição de monitoramento da temperatura e um monitoramento constante dos alunos para identificar os que possam ter possíveis sintomas da doença respiratória, como febre. A aferição de temperatura também será realizada no Colégio Sagrado Coração de Jesus. Em todas as dependências da escola, o uso de máscaras por professores e funcionários é obrigatório. Nas duas instituições, crianças menores que fazem uso de chupeta não precisarão usar a máscara.
 
O recreio também muda. O momento de lazer será garantido em locais e horários diferentes para as turas e elas não terão acesso a brinquedos durante esse tempo. “A diretriz é vamos fazer as crianças se integrarem e divertirem nesse momento, reaprender convívio escolar, mas buscando brincadeiras e atividades que prezam por distanciamento social e físico”, diz a diretora do Colleguium.
 
Outra orientação é limitar a circulação das pessoas nos ambientes da escola. As regras valem tanto para funcionários quanto para pais de alunos. “Vamos pedir aos pais que não entrem dentro das unidades escolares para que a gente minimize a contaminação dos ambientes e a circulação. As salas foram reorganizadas com distanciamentos propostos”, observa Daniele Passagli.
 
A diretora do Coleguium pede que as famílias enviem os lanches seguindo as diretrizes alimentares da escola, embalados de forma prática e segura para que a criança faça alimentação dentro da sala. No Sagrado Coração de Jesus, o lanche será também realizado dentro da sala de aula e com a comida levada pela a criança. Depois de lanchar, os alunos vão trocar a máscara com a supervisão de um adulto. O colégio informou ainda que fará a retomada gradual das turmas de educação infantil e trabalhará de forma híbrida para atender a demanda de cada família.

Cuidado pedagógico


Nas instituições de ensino que se dedicam apenas ao ensino infantil os protocolos estão prontos. Na Escola Infantil Vila da Criança, localizada no Bairro Sion, a diretora Cláudia Felga pede que a família faça um check list: aferir a temperatura da criança, verificar se há sintomas de gripe, como nariz escorrendo. A escola pediu aos pais para vacinarem os filhos contra a gripe, como forma de eliminar a confusão com sintomas de COVID-19.
 
Foi definida escalonamento na entrada das turmas, com diferença de 10 minutos entre as chegadas. “O objetivo é que as turmas não se encontrem e não haja aglomeração da escola”, diz Cláudia Felga. A família terá à disposição aplicativo para saber o momento de buscar os filhos na saída, medida também para evitar aglomeração.
 
Na chegada à escola, será realizada outra medição de temperatura. Álcool e os tapetes sanitizantes estarão disponíveis. A orientação é de que a criança use chinelo até a chegada à institutição e tênis dentro da escola. Nas salas de aulas, a recomendação é de uso de meias antiderrapantes. O material será de uso individual.
 
Foram retirados brinquedos de papelão, madeira e outros materiais que não podem ser higienizados. As crianças serão organizadas em pequenos grupos, como se fossem bolhas. Aquelas da mesma família ficarão juntas e os professores vão evitar o contato com os outros grupos. Será reduzido o trânsito interno na escola, cujo pisto foi demarcadado para manutanção do distanciamento de 2 metros entre as pessoas.
 
Além das preocupações sanitárias, há ainda cuidados pedagógicos para recepcionar as crianças e fazer a readaptação ao ambiente escolar com novas regras. Um ponto de atenção é o processo de acolhimento de crianças e famílias. No Coleguium, haverá atenção para controlar o desejo de interação entre as crianças e preocupação com aquelas que sofreram perdas nas famílias em razão da COVID-19.
 
A diretora de Relações Institucionais das unidades do Colégio Santo Agostinho, Aleluia Heringer, informou  que o retorno das crianças é uma decisão de cada família. “O colégio está estruturado para continuar oferecendo a modalidade exclusivamente remota aos que compõem o chamado grupo de risco e para as famílias que ainda não se sintam confortáveis para um retorno presencial”, disse.
 
Aleluia Heringer disse ainda que, nos municípios de Nova Lima e Contagem, a instiuição está em contato com os órgãos competentes, mas, no momento, ainda não há indicação de retorno das aulas presenciais. As famílias serão orientadas tão logo a instituição tenha mais informações.

Protocolos


Orientações sobre medidas sanitárias já publicadas pela Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte

» As salas devem ter entre cinco e seis alunos e o distanciamento deve ser de 2 metros
» Aferir temperatura antes da entrada na escola
» Uso de tapete higienizante
» Disponibilizar pias, bebedouros e dispenser de álcool em gel e sabão líquido de acordo com protocolo
» Todas as salas devem ter kit disponível com máscara e álcool em gel
» O lanche será servido dentro da sala pra não haver aglomerações
» O tempo máximo de permanência da criança na escola será de 4h30
» Implantar fluxos de deslocamento fracionado, para evitar aglomerações e filas nos portões
» Proibida a entrada de adultos acompanhando os alunos
» Adotar escalonamento das aulas por dia da semana
» Uso obrigatório de máscaras de proteção durante todo o tempo e orientação para que o equipamento seja colocado pelo aluno imediatamente após vestir o uniforme da escola
» Troca da máscara a cada quatro horas
» Reforço da higienização de todos os ambientes

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:



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