Jornal Estado de Minas

MEIO AMBIENTE

Brumadinho: abelhas são resgatadas para ação de reflorestamento na região

As abelhas nativas sem ferrão existentes nas áreas atingidas pelo rompimento da barragem B1, em Brumadinho, estão sendo catalogadas e monitoradas por uma equipe de biólogos da Vale. 





A ação teve início ainda em 2019 e faz parte de um acordo assinado com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Brumadinho para preservação das espécies que vão auxiliar na polinização e, consequentemente, no reflorestamento da região.

No município, as abelhas são protegidas por lei (Lei municipal, nº 2.355, de 22 de setembro de 2017).

Até este mês de abril, 328 colmeias nativas foram catalogadas e algumas delas tiveram que ser resgatadas e realocadas para outras áreas florestais ou para o meliponário (coleção de colmeias) criado pela empresa na cidade. 

A polinização realizada por essa espécie tem sua importância reconhecida, tanto no âmbito agrícola, como para a manutenção da biodiversidade, pela Convenção da Diversidade Biológica (CDB).



Esta convenção está diretamente ligada à Organização das Nações Unidas, sendo um dos mais importantes instrumentos internacionais relacionados ao meio ambiente.
 
Colmeia da abelha jataí na região de Brumadinho (foto: Divulgação/Vale )
 

Das cerca de 200 espécies de abelhas sem ferrão existentes no Brasil, mais de 25 já foram identificadas em Brumadinho. As mais conhecidas, como a jataí, mandaçaia, manduri, mandaguari e a uruçú, constroem geralmente seus ninhos em cavidades existentes em troncos de árvores.

Outras utilizam formigueiros e cupinzeiros abandonados ou constroem ninhos aéreos presos a galhos ou paredes. As colônias de abelhas nativas brasileiras variam entre 500 a 4 mil indivíduos, de acordo com a espécie.

*Estagiária sob supervisão do editor Álvaro Duarte

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