Jornal Estado de Minas

SEXTA-FEIRA SANTA

Paixão de Cristo em BH: cruzes marcam o flagelo dos mortos no Brasil


A tarde desta sexta-feira (2/4) marca, no Santuário Arquidiocesano São José, no Centro de Belo Horizonte, a cerimônia da Paixão de Cristo e a reverência aos mais de 300 mil mortos, no país, em decorrência da COVID-19.




 
 

Com início às 15h, houve um momento especial para destacar o trabalho de profissionais da área de Saúde, que atuam na linha de frente nos hospitais: médicos e enfermeiros entraram no templo e seguiram para o altar  carregando uma cruz, com três metros de comprimento, feita  de papel mercê, "material bem leve", conforme observou o reitor do Santuário e titular da Paróquia São José, padre José Cláudio Teixeira.

(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)


Segundo padre Cláudio, o objetivo é homenagear os profissionais de saúde e também condenar o negacionismo de muitos contra a ciência e as vacinas. "Devemos lembrar que muitos não acreditaram em Jesus como o filho de Deus nem nas suas palavras", afirmou.

Flagelos

Se do lado de dentro da igreja, que se tornou Santuário Arquidiocesano São José em 19 de março, data consagrada ao pai adotivo de Jesus, ocorreu o momento de Adoração da Cruz, sem os fiéis, devido à pandemia, do lado externo era outro o cenário. 





Quem passava no adro presenciava - e se emocionava - com outro flagelo. Por iniciativa da paróquia, foram colocadas 15 cruzes, com máscaras remetendo à pandemia do novo coronavírus.  

Padre Cláudio ressaltou que três das cruzes estão com camisetas, nas quais se leem as palavras Toda Vida Importa. "Não podemos, em momento algum, esquecer o grande número de mortos no Brasil", reforçou o padre. As cruzes ficarão até 15h de sábado, quando começará a vigília pascal.  

Programação 


Sexta-feira (2/4), às 18h
Sermão do descendimento da Cruz, com transmissão pelas redes sociais do Santuário Arquidiocesano São José 

Sábado (3/4)
18h - Vigília pascal 

Domingo (4/4)
10h - Missa da Ressurreição 
18h - Adoração ao Santíssimo

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