Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Ocupação geral dos leitos de UTI cai pelo segundo dia seguido em BH

 

A taxa de ocupação dos leitos de UTI para pacientes com COVID-19 caiu pelo segundo dia consecutivo em Belo Horizonte. A taxa geral registrada nesta quarta-feira (31/3), que considera a rede SUS e a particular, é de 94,7%, menor que os 97,2% registrados nessa terça (31/3).





 

 

 

De acordo com a prefeitura, mais 47 leitos foram incluídos no balanço nesta quarta (31/3): 25 nos hospitais privados e 22 nos públicos.

 

Agora, a cidade dispõe de 1.122 unidades do tipo. Dessas, apenas 59 estão livres, o que reforça a necessidade de a população manter os cuidados contra a proliferação do novo coronavírus.

 

Dos 1.122 leitos de UTI para COVID-19 em BH, 557 foram abertos no mês de março: 265 por parte da prefeitura e 292 a partir das unidades médicas privadas. 

Enfermarias e transmissão 

A ocupação dos leitos de enfermaria para COVID-19 também caiu nesta quarta: de 85,7% para 82,6%, na soma entre os hospitais particulares e os administrados pelo poder público.





 

 

 

São 2.159 leitos no total na cidade, exatamente a mesma quantidade do balanço anterior. Portanto, 376 camas estão à disposição para receber pacientes nas enfermarias da cidade: 117 na rede suplementar e 259 no SUS.

 

Já a transmissão do novo coronavírus por infectado caiu novamente, chegando a 1,08. Isso quer dizer que a cada 100 vítimas da pandemia em BH, mais 108 pessoas ficam doentes com a virose.

 

 

 

O indicador não apresenta aumento há 12 boletins consecutivos, o que prova a eficácia das medidas de fechamento do comércio.





 

Porém, há uma ameaça de proliferação nos próximos dias com o feriado da Semana Santa. Em nota à imprensa, o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed/MG) pediu para que a população colabore.

 

"Ainda é necessário aumentar o esforço da população nas medidas de isolamento social e de precaução individual, redobrando os cuidados durante os feriados da semana santa para que não ocorra novo aumento de casos, o que provocaria uma situação de colapso total", alertou a entidade. 

Casos e mortes 

BH chegou a 3.224 mortes por COVID-19 nesta quarta. São 22 a mais que no balanço anterior. Só em março, a prefeitura contabilizou 478 vidas perdidas pela virose, o que deixa o mês atrás apenas de fevereiro no quesito.





 

Já em termos de casos, a PBH registrou mais 1.719 neste último levantamento. Foram 32.477 diagnósticos só neste mês. Esse, sim, um recorde da pandemia da COVID-19.

 

BH já soma mais casos da doença neste ano que em todo 2020: 79.551 contra 63.224.

 

Secretário Municipal de Saúde de BH, Jackson Machado Pinto, participou da audiência on-line com vereadores (foto: CMBH/Reprodução )
Em audiência pública na Comissão de Saúde e Saneamento da Câmara Municipal de Belo Horizonte, nesta quarta-feira (31/03), o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, negou que tenham ocorrido morte de pacientes com COVID-19 por falta de atendimento médico na capital mineira.

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel) divulgou pela manhã que, entre a última sexta-feira (27) e as 10h desta quarta-feira (31), 38 pessoas morreram em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital.



"Não aconteceu e esperamos que não vá acontecer de ninguém ir à óbito sem assistência médica na cidade. Estamos vigilantes para que isso não venha acontecer. Mas sabemos que pode acontecer. Trabalhamos como se pudesse ocorrer o pior cenário, mas sempre desejando que aconteça o melhor", disse.

A comissão realizou a audiênci pública com o objetivo de discutir o avanço da pandemia na capital e debater as medidas de enfrentamento adotadas pela Prefeitura de BH.

Índice de transmissão cai


Indicador fundamental para avaliar o cenário da pandemia, a taxa de transmissão por infectado caiu novamente em BH. O índice é atualizado diariamente em boletim epidemiológico divulgado pela administração municipal, mas o secretário adiantou que a taxa caiu de 1,09 para 1,08. 

"Estamos vendo o início de uma descendência da curva de (contaminação da COVID-19). É um motivo para ficarmos felizes? É. É motivo para comemoramos? Ainda não. A situação ainda é muito grave. Estamos monitorando constantemente", aponta. 




Cadastramento para vacina 


Durante a audiência, Jackson falou sobre o cadastro para vacinar forças de segurança, social, fiscais e garis. "Não sabemos quantas pessoas são se não tivermos o cadastro. O cadastro será feito para saber quantas vacinas vamos precisar."

Desde o início da semana, a PBH está preparando cadastros para verificar qual o público de trabalhadores das forças de segurança (Guarda Municipal, Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Federal) que atuam em Belo Horizonte, além de agentes da BHTrans e militares do Corpo de Bombeiros.

O formulário, que será disponibilizado pela Secretaria Municipal de Saúde ao longo desta semana, será preenchido também por trabalhadores que atuam na linha de frente nas unidades e serviços de atendimento à população das áreas de Assistência Social Segurança Alimentar e Cidadania. Além de fiscais de Controle Urbanístico e Ambiental, da Secretaria Municipal de Política Urbana, e garis.

 

 

 

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