Jornal Estado de Minas

LESTE DE MINAS

Morre em Valadares a primeira paciente na fila de espera por leito de UTI

Uma senhora de 82 anos de idade morreu nesta quinta-feira (18/03) no Hospital Municipal de Governador Valadares à espera de uma vaga na UTI COVID-19 SUS. A idosa é a primeira paciente a morrer por falta de vaga em leito UTI no Hospital Municipal.





A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que a idosa tinha comorbidades e diagnóstico positivo para a COVID-19. Ela foi admitida na noite de terça-feira (16/3) e foi cadastrada no Sistema SUS Fácil MG, com solicitação de vaga em leito de UTI, em virtude dos 100% de ocupação dos leitos públicos para COVID-19 em Governador Valadares. 

Em nota, a Prefeitura lamentou o falecimento da paciente e informou que ela foi tratada e assistida por uma equipe multidisciplinar dentro das possibilidades da instituição hospitalar, que não pode evitar a sua morte.

Além da morte dessa paciente, o Boletim Epidemiológico diário da SMS, divulgou nesta quinta-feira, mais 5 mortes causadas pela COVID-19. Foram 2 homens e 3 mulheres, com idade média de 75 anos. Com essas mortes, Governador Valadares tem agora, desde março de 2020, 638 mortes causadas pela COVID-19, e 17,684 casos confirmados da doença.





Além da falta de vagas na UTI COVID-19 em Valadares, na rede pública e privada, a falta de medicamentos para tratamento dos pacientes é um fantasma que ronda os hospitais da cidade. O EM apurou que em 4 dias podem faltar medicamentos essencias nas UTI e enfermarias.

Midazolan, Fentanila, Enoxaparina, Propofol e Remifentanila, são os medicamentos que não estão sendo encontrados nas distribuidoras de produtos farmacêuticos, segundo informou a direção clínica do Hospital Bom Samaritano ao Ministério Público da Saúde, durante reunião na manhã desta quinta-feira.

O promotor de justiça, Randal Bianchini, explicou que a falta de medicamentos é uma realidade infeliz em todo o Brasil. Alguns medicamentos, segundo ele, não são encontradas nas distrubuidoras farmacêuticas. Nesse caso, não basta ter o recurso financeiro para resolver o problema, segundo o promotor. Mesmo com a situação adversa, o promotor disse que tem feito o máximo para evitar o pior.

audima