Jornal Estado de Minas

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Ibirité tem dificuldade de aquisição de remédio para pacientes intubados

A Secretaria de Saúde de Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), tem encontrado dificuldades em adquirir medicamentos necessários a pacientes internados no hospital de campanha, principalmente os que necessitam de intubação. Devido ao grande número de internações pela COVID-19 em todo o Brasil, a demanda por esses insumos aumentou, o que tem causado transtorno para a compra em quantidade suficiente a cada hospital.




Em Ibirité, a dificuldade de compra é para medicamentos como Rancuronio, Midazolan e Fentanil, todos usados em pacientes em estado grave. 
 
Segundo a secretária de Saúde de Ibirité, Carina Bitarães, neste momento o problema é a medicação no pós-procedimento de intubar. “O problema são os medicamento pós-intubaçao, para manter os pacientes sedados. Estamos entrando em contado com fornecedores de todo o Brasil, no intuito de tentarmos repor o nosso estoque o mais rápido possível. A falta desses medicamentos pode, sim, acarretar no óbito de um paciente, já que não conseguimos mantê-lo sedado”, ressalta Carina. Segundo a secretária, a alternativa está sendo a substituição por outros medicamentos similares.
 
O hospital de campanha de Ibirité chegou a 100% de ocupação, mas teve ampliação e, desde a quarta-feira (17/3), passou a ter 20 leitos de UTI, que segue com 18 internados. Dos leitos clínicos, 20 dos 29 estão ocupados. 




 
Cidade vizinha, Betim também tem hospital de campanha (chamado Cecovid-2), com capacidade para 50 leitos clínicos, além de um Centro de Cuidados Intensivos (Cecovid-4), instalado no Centro Materno-infantil, com capacidade de 76 leitos para pacientes graves. Em breve, com a ampliação prevista para os próximos dias, a unidade terá 90 leitos ativos. 
 
Betim, até o momento, não teve dificuldade em comprar os medicamentos necessários para manter esses hospitais funcionando, mas há um receio diante da situação. “A Secretaria Municipal de Saúde tem em estoque insumos e medicamentos, além de ter contratos ativos com fornecedores, para atender a demanda atual. O atendimento está dentro da normalidade e não há faltas. Contudo, diante do atual cenário da pandemia, com o aumento de internações em todo o país, há o receio de que os fornecedores encontrem dificuldade em cumprir os contratos, podendo gerar o desabastecimento de algum produto no município”, informou por nota.
 
 
 
 

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