Jornal Estado de Minas

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Colapso em Guanhães: 'Fique em casa, pelo amor de Deus', pede médico

O colapso no atendimento hospitalar aos pacientes da COVID-19 chegou na manhã deste domingo (14/3) a Guanhães, na região Centro-Nordeste de Minas. A direção do Hospital Regional Imaculada Conceição informou que a ocupação dos leitos UTI COVID-19 SUS atingiu 100%, ou seja, todos os 10 leitos disponíveis estão ocupados. O mesmo acontece na enfermaria COVID-19.





O médico Daniel de Carvalho Pimenta, responsável técnico do HIC, disse que a situação é grave e que a população deve obedecer às medidas restritivas impostas pelo decreto municipal para contenção da COVID-19 e às determinações da onda roxa do Plano Minas Consciente, que está em vigência não apenas em Guanhães, como também em toda a microrregião de saúde.

"Quero pedir a população que se conscientize durante essa onda roxa e não se aglomere. Essa doença não é fácil, não tem cura. Cuidar dos pacientes na UTI tem sido extremamente exaustivo para todas as pessoas que trabalham diariamente aqui", pediu o médico.

Ele disse também que os pacientes com sintomas leves não devem procurar o HCI e sim as Unidades Básicas de Saúde. Na ala COVID-19, apenas um médico faz o atendimento intensivo. Na outra ala, do Pronto Socorro, apenas um médico está no atendimento de casos relacionados a outras doenças, vítimas de acidentes, com traumatismos, ou vítmas de agressões físicas.





"Fiquem em casa, pelo amor de Deus", suplicou o médico no vídeo publicado na rede social do HIC. 

Nas postagens feitas pela Prefeitura de Guanhães, vários comentários denunciam o descumprimento do decreto por parte da população e dos estabelecimentos comerciais. Há denunúncias de bares que funcionam com as portas fechadas, com pessoas bebendo cerveja. O decreto municipal publicado em 12/3 proíbe a venda e o consumo de bebidas alcoólicas em Guanhães.

Outros comentários de internautas denunciam que o número do WhatsApp disponibilizado para denúncias, não responde aos denunciantes. O EM enviou mensagens para o número (33) 3421-2103, indicado pela Prefeitura para denúncias, e também não obteve resposta. A Prefeitura também não informou o motivo do não atendimento aos denunciantes.

audima