Jornal Estado de Minas

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Lei seca para conter COVID-19: Guanhães proíbe venda de bebidas alcoólicas

Na onda roxa do Minas Consciente, Guanhães, cidade do Centro-Nordeste de Minas, está vivendo uma situação atípica com o fechamento do comércio. Só estão liberados os estabelecimentos que são considerados essenciais. Mas eles estão proibidos, desde esta sexta-feira (12/3), de vender bebidas alcoólicas.




 
O decreto municipal que proibiu a venda das bebidas alcoólicas, especialmente cervejas, foi publicado nessa quinta-feira. Sabendo da proibição, aqueles que não ficam sem beber cerveja congestionaram os telefones dos tele-entregas e correram aos supermercados na tentativa de esgotar os estoques.

Cumprindo o decreto, nesta sexta-feira, os supermercados não estão vendendo cerveja nem outras bebidas alcoólicas. Isolaram as gôndolas e os refrigeradores. Os bares tiveram de fechar as portas. 

Douglas Bicalho, comerciante, tem um restaurante com bar e lanchonete em Guanhães. Apesar de reconhecer a gravidade da situação relacionada à COVID-19 na região, ele entende que fechar o comércio vai trazer muitos problemas para a cidade.

“Para mim, até que não tem problema, mas para os meus sete funcionários, sim. Eles têm contas a pagar”, disse.

Campanha educativa


No primeiro dia de fechamento, a prefeitura fez blitz educativa, com os fiscais orientando os comerciantes. No corre-corre de quinta-feira para comprar a cerveja, todos aproveitaram e venderam bem. Por isso, no primeiro dia de cumprimento do decreto não houve violações à lei, segundo a prefeitura.





“Nosso povo tem aceitado bem. A princípio, está sendo feita blitz educativa e fiscais orientam os comerciantes, até porque a primeira ação aprovada pela Câmara foi a notificação verbal”, disse o assessor de comunicação da prefeitura de Guanhães, Joel Fernandes.

Depois das notificações, caso haja descumprimento, os responsáveis podem responder civil e criminalmente.

E quem desobedecer, mesmo que não seja flagrado pelos fiscais, poderá ser denunciado pelo canal disponibilizado pela prefeitura:  Whatsapp (33) 3421-2103.

A denúncia chega à Vigilância Sanitária, que verifica a veracidade e age com o apoio da Polícia Militar.
 

São considerados serviços essenciais

 
  • Setor de alimentos (excluídos bares e restaurantes, que só podem funcionar via delivery)
  • Serviços de saúde (atendimento, indústrias, veterinárias etc.)
  • Bancos
  • Transporte público (deslocamento para atividades essenciais)
  • Energia, gás, petróleo, combustíveis e derivados
  • Manutenção de equipamentos e veículos
  • Construção civil
  • Indústrias (apenas da cadeia de atividades essenciais)
  • Lavanderias
  • Serviços de TI, dados, imprensa e comunicação
  • Serviços de interesse público (água, esgoto, funerário, correios etc.) 




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