Ao anunciar a criação da onda roxa do programa Minas Consciente, nesta quarta-feira (3/3), o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, pediu à população que saia de casa apenas para atividades essenciais. Ele disse que as medidas restritivas são “uma quarentena, sinônimo de lockdown”.
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Zema fala em surgimento de mutações da COVID-19 em Minas GeraisCOVID-19: veja as cidades na onda mais restritiva do Minas ConscienteApesar de alta nos indicadores, PBH não altera funcionamento do comércioBairros de BH têm panelaço contra Bolsonaro; veja vídeoCidades do Noroeste de MG confirmam adesão às medidas da onda roxaA partir desta quinta (4/3), as regiões Triângulo Norte e Noroeste precisarão seguir uma série de medidas restritivas, como toque de recolher das 20h às 5h. A circulação de pessoas estará restrita apenas a serviços tidos como altamente necessários. Indivíduos sem máscara não poderão frequentar espaços públicos ou de uso coletivo; cidadãos com sintomas de gripe só estão autorizados a deixar suas residências para frequentar consultas médicas e exames.
O secretário de Saúde explicou os motivos que levaram o estado a endurecer as medidas no Triângulo Norte, área que abriga municípios como Uberlândia, Ituiutaba e Monte Carmelo.
“Vemos um aumento da incidência de casos, aumento significativo da participação de pacientes de COVID-19 nas UTIs, aumento da mortalidade na região e um retardo na capacidade de regulação de leitos”, explicou.
“No Noroeste, vemos aumento significativo da incidência de casos e da proporção de leitos de COVID-19 em relação ao total da região, aumento da mortalidade e na regulação de casos”, completou, ao falar da outra região a entrar na onda roxa.
Zema: números refletem virada do ano
Nesta quarta-feira, Minas registrou o segundo maior número de óbitos em 24 horas, com 227 vítimas. A maior taxa foi registrada há menos de um mês, em 10 de fevereiro, quando o novo coronavírus fez 243 vítimas em um só dia. O estado totaliza 893.645 casos e 18.872 mortes.
Ao comentar a aceleração dos números da pandemia, o governador Romeu Zema (Novo) fez menção aos festejos de fim de ano e às variantes que circulam pelo território nacional.
“Se o Brasil tivesse, hoje, as mesmas taxas de óbitos que temos em Minas, 70 mil vidas teriam sido poupadas, o que é substancial. O que nós tivemos, em todo o Brasil — e em algumas regiões de formas mais acentuadas que em Minas — foram as festas natalinas, a virada de ano e meses de férias. Isso acabou provocando, como se vê pelos dados estatísticos, aumento generalizado de casos e óbitos. Concomitantemente, vimos surgir as mutações”.
A vacinação segue em ritmo lento. Ao todo, 635.176 pessoas foram vacinadas contra a doença, sendo que 274.501 receberam a segunda dose do imunizante. O Plano Nacional de Imunização (PNI) prevê a proteção de ao menos 10 milhões de mineiros. Ou seja: metade da população