Jornal Estado de Minas

EDUCAÇÃO MUNICIPAL

Prefeitura de BH adia volta às aulas presenciais mais uma vez

Não vai ser dessa vez que as aulas  presenciais vão voltar na rede municipal de Belo Horizonte. Em entrevista coletiva nesta quarta (3/3), o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, afirmou que a alta nos indicadores da pandemia impede que isso aconteça.





 

“Tínhamos previsão de abrir as escolas (nesta semana), mas como temos observado o aumento, vamos monitorar mais uma semana para avaliar. Esperamos um controle melhor antes de expor as crianças”, afirmou Jackson.

 

Até aqui, a prefeitura informou sobre o possível retorno apenas das aulas das crianças menores de 5 anos, portanto a educação infantil.

 

O planejamento prevê três fases. Depois dessa que pode voltar em breve, vêm os alunos de 6 a 8 anos. A última faixa reintegrada seria a das crianças e adolescentes entre 9 a 14 anos.

 

Oficialmente, o Sindicato dos Trabalhadores de Educação da Rede Pública de Belo Horizonte (Sind-REDE/BH) tem deliberado pelo retorno somente após a vacinação dos profissionais da área, além do controle da pandemia.





 

A coletiva do secretário aconteceu depois de uma reunião do Comitê de Enfrentamento à Epidemia da COVID-19 da prefeitura. O encontro, que, começou por volta das 16h desta quarta, durou cerca de duas horas. Essa foi uma das discussões mais longas do comitê desde o início da pandemia.

 

O prefeito Alexandre Kalil (PSD) participou da reunião do comitê e acompanhou a conversa do secretário com os jornalistas. A secretária municipal de Educação, Ângela Dalben, também participou das discussões.

 

Números da COVID-19 na capital

 

Conforme o balanço desta quarta, o número médio de transmissão por infectado (fator RT) se mantém em 1,2, dentro da zona crítica. O indicador está nesse nível desde a última segunda (1º/3).





 

 

 

Já a ocupação das UTIs, que também está na fase mais complicada, apresentou leve queda nesta quarta, em comparação ao levantamento dessa terça (2/3): de 76,3% para 75%.

 

 

 

A diminuição está ligada à ampliação da oferta de leitos. A assistência foi ampliada em 10 unidades de terapia intensiva, todas na rede SUS. Agora, BH conta com 575 vagas do tipo.

 

Por outro lado, a ocupação das enfermarias cresceu na cidade: 58% para 59,4%. Com isso, o parâmetro está na zona intermediária da escala de risco, a de alerta.

 

Casos e mortes

 

Belo Horizonte chegou a 114.386 diagnósticos confirmados da COVID-19: 2.781 mortes, 5.235 em acompanhamento e 106.370 recuperados.

 

No comparativo com o balanço dessa terça, houve aumento de 1.186 casos confirmados e 18 mortes. Esse é o maior crescimento de óbitos desde 23 de fevereiro.





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