Apesar de ter dois dos três indicadores principais da pandemia na zona crítica, Belo Horizonte não vai restringir o funcionamento do comércio. Em entrevista coletiva nesta quarta (3/3), o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, afirmou que a PBH vai fiscalizar o cumprimento das medidas contra a proliferação do vírus.
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Portanto, durou cerca de duas horas. Essa foi uma das discussões mais longas do comitê desde o início da pandemia.
O prefeito Alexandre Kalil (PSD) participou e acompanhou o diálogo do secretário com os jornalistas.
Volta às aulas
A prefeitura havia prometido para essa semana uma decisão sobre a volta das aulas na rede municipal. Porém, essa deliberação vai ficar para a próxima semana, diante da alta da transmissão e da ocupação das UTIs.
“Tínhamos previsão de abrir as escolas mas, como temos observado o aumento, vamos monitorar mais uma semana para avaliar. Esperamos um controle melhor antes de expor as crianças”, afirmou Jackson Machado Pinto.
Números
Conforme o balanço desta quarta, o número médio de transmissão por infectado (fator RT) se mantém em 1,2, dentro da zona crítica. O indicador está nesse nível desde a última segunda (1º/3).
Já a ocupação das UTIs, que também está na fase mais complicada, apresentou leve queda nesta quarta, em comparação ao levantamento dessa terça (2/3): de 76,3% para 75%.
A diminuição está ligada à ampliação da oferta de leitos. A assistência foi ampliada em 10 unidades de terapia intensiva, todas na rede SUS. Agora, BH conta com 575 vagas do tipo.
Por outro lado, a ocupação das enfermarias cresceu na cidade: 58% para 59,4%. Com isso, o parâmetro está na zona intermediária da escala de risco, a de alerta.
Casos e mortes
Belo Horizonte chegou a 114.386 diagnósticos confirmados da COVID-19: 2.781 mortes, 5.235 em acompanhamento e 106.370 recuperados.
No comparativo com o balanço dessa terça, houve aumento de 1.186 casos confirmados e 18 mortes. Esse é o maior crescimento de óbitos desde 23 de fevereiro.