Jornal Estado de Minas

OPERAÇÃO TERCEIRA PARCELA

PF combate fraudes no auxílio emergencial e Minas e mais três estados

Mais de 20 mil pessoas tiveram o auxílio emergencial desviado por fraudadores em todo o país. O prejuízo total é estimado em R$ 15 milhões. A constatação é da Polícia Federal, que deflagrou, nesta quinta-feira (18/2) a operação “Terceira Parcela” em 39 cidades mineiras, incluindo Belo Horizonte, além de 34 endereços espalhados por outros três estados: Bahia, Tocantins e Paraíba. 


Em torno de 50 pessoas são investigadas em Minas - 20 só na capital. Em todo o estado, a PF cumpriu 66 mandados de busca e apreensão. A suspeita é de que o dinheiro recebido indevidamente seria usado para pagar boletos. Ninguém foi preso. 





De acordo com o superintendente regional substituto da PF em Minas, Marcelo Rezende, as investigações tiveram início a partir de denúncias de pessoas que não conseguiram utilizar o benefício pois, ao solicitá-lo, descobriram que o dinheiro já havia sido retirado da conta. 

A partir desses relatos, a corporação criou um grupo de inteligência para identificar os criminosos, com o apoio do Ministério da Cidadania, da Caixa Econômica Federal, Público Federal (MPF), a Receita Federal (RF), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU).

“Essa é a operação mais expressiva no combate a fraudes no auxílio emergencial. Os prejudicados são famílias sem renda que infelizmente tiveram seus benefícios retirados por organizações e grupos criminosos no momento de maior fragilidade”, destacou Rezende.





Busca de provas

O delegado ressaltou que a operação mira fraudadores e grupos organizados que burlavam o sistema de cadastro e pagamentos da Caixa, não aqueles que preencheram os dados de forma incorreta receberam o auxílio indevidamente. A estes, a PF orienta que ainda é possível procurar a Caixa e devolver o valor, evitando assim problemas com a Justiça. 

A corporação estima que a operação Terceira Parcela tenha evitado fraudes em mais de três milhões de benefícios que, juntos, somam R$ 6 bilhões. 

O delegado Adriano de Freitas explicou que esta fase da ação visa recolher provas qualificadas. “As Informações desta quinta-feira serão cruzadas com as informações que já temos para ajudar nas próximas fases da investigação. Estamos em busca de identificar os integrantes dessa organização”, detalhou. 

Conduzida por mais de 200 agentes,a operação desta manhã é uma continuidade de outras duas operações deflagradas pela Polícia Federal no ano passado. Em 10 de novembro, a corporação deflagrou a operação “Primeira Parcela” na Bahia, São Paulo e Tocantins. Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e quatro pessoas foram presas.

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