Jornal Estado de Minas

CAMPANHA DE VACINACÃO

Pouco mais da metade do público alvo recebeu primeira dose da vacina em MG

Em um mês de vacinação contra a COVID-19, Minas Gerais aplicou 379.220 vacinas da primeira dose  e 102.909 da segunda. Isso representa 52,19% de cobertura da primeira dose junto a profissionais de saúde, idosos em instituições de longa permanência, pessoas com deficiência maiores de 18 anos que estejam institucionalizadas e população indígena.





 

Já para a segunda dose, o índice atingiu 14,36% desse público prioritário definido pelo Programa Nacional de Imunização. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), a cada óbito por COVID-19, outras 172 pessoas estão sendo vacinadas. 

 

Até segunda-feira (15/2), o grupo com maior cobertura da primeira dose, foi das pessoas com deficiência a partir de 18 anos abrigadas em instituições de longa permanência, com 100% das doses aplicadas, seguido da  população indígena, com 82,11%. Para profissionais de saúde, a cobertura é de 52,27%.

O grupo com menor número de vacinados é dos idosos acima de 60 anos que vivem em instituições de longa permanência (asilos, casas de repouso e similares), com 54,11% de vacinados.
 
De acordo com a subsecretária de Vigilância em Saúde, Janaína Passos, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) parte de critérios epidemiológicos preconizados pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a COVID-19, para uma cobertura vacinal de 90% em cada grupo, “suficiente para interromper o aumento da ocupação dos leitos COVID-19 devido ao agravamento da doença”, explica. “É uma cobertura não apenas para COVID-19, mas para outras campanhas que fazemos no estado, como a da influenza”, diz. 




 
 
Imunização só depois da segunda dose
 
A subsecretária reforça que, para a imunização completa, é necessária a aplicação das duas doses. “Quem recebeu a vacina não está completamente imunizado, não é um processo imediato. O organismo precisa fazer todo o processo de imunogenicidade, que é a capacidade da vacina de provocar uma resposta imune, o desenvolvimento de anticorpos, ativando o sistema de defesa contra o vírus”, observa.
 
No caso da AstraZeneca, é preciso intervalo de três meses para aplicação após a primeira dose. A CoronaVac, por sua vez, exige tempo de 15 dias. “A transmissão da doença continua, nós não estamos no momento de relaxar”, alerta. 
 
A SES/MG informou que recebeu do Ministério da Saúde todas as doses necessárias para a vacinação dos idosos com mais de 90 anos, população índigena aldeada, idosos acima de 60 anos que vivem em instituições e pessoas com deficiência com mais de 18 anos institucionalizadas. Para os trabalhadores em saúde, foram enviadas doses para atender, inicialmente, 73% dos profissionais. 




 
Segundo a secretaria, com 1.171.180 vacinas recebidas do Ministério da Saúde será possível imunizar aproximadamente 667 mil pessoas.

“É uma conta matemática”, explica Janaína Passos. “Do total de 1 milhão de doses, as 315.600 que chegaram no dia 7 de fevereiro são da CoronaVac para cobrir duas doses, ou seja, cerca de 157.800 pessoas que serão imunizadas na segunda etapa”, detalha.

Como o intervalo entre as doses da CoronaVac é de no mínimo 15 dias, o número total de vacinas recebidas precisa ser dividido por dois. 
 
Sobre as remessas anteriores para o grupo da fase um, a subsecretaria explica que Minas Gerais recebeu 665.080 imunizantes da CoronaVac, com duas doses para 318.888 pessoas. Da  AstraZeneca foram 190.500 doses para o mesmo número de pessoas. Do total de 667 mil pessoas possíveis de serem imunizadas, já são 379.220 as doses aplicadas. 
(foto: Fonte: SES-MG)
 
 
As duas doses devem ser de vacinas do mesmo laboratório fabricante
 
No planejamento de distribuição da secretaria e na definição dos grupos a serem vacinados, é preciso levar em conta que a segunda dose precisa ser do mesmo laboratório da primeira e o intervalo entre elas deve seguir as recomendações de cada fabricante.




 
Segundo a subsecretaria, para os grupos recomendados, a SES tem doses suficientes, inclusive para garantir a segunda dose da CoronaVac no prazo adequado para que não seja colocado em risco a eficácia da vacina.

“Não estamos atrasados, estamos procedendo a vacinação da forma como ela deve ser feita. Distribuindo progressivamente”, afirma o secretário de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral. 
 
Dados da secretaria indicam que no início da pandemia o governo do estado adquiriu 1.047 respiradores, e ampliou de 2.072 para 4.055 leitos de UTI, alguns em municípios que não dispunham dessas unidades.
 
Foram compradas 50 milhões de seringas agulhadas, das quais 21 milhõesforam entregues,  617 câmaras refrigeradas para distribuição aos municípios para o acondicionamento de imunizantes. 
 
Os números de mineiros imunizados e doses aplicadas podem ser acompanhados pelo site Vacinômetro: www.coronavirus.saude.mg.gov.br/vacinometro.
 

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