Desde 18 dezembro, Belo Horizonte registra ocupação dos seus leitos de UTI para COVID-19 acima dos 70%, a zona crítica da escala de risco. Nesta quarta-feira (3/2), o indicador manteve tendência de queda e está a um passo de deixar a incômoda posição: mede 70,1%, conforme boletim epidemiológico e assistencial da prefeitura.
O indicador tem caído gradativamente nos últimos balanços. Para efeito de comparação, em 25 de janeiro, a prefeitura registrava 86% das unidades de terapia intensiva em uso na cidade. Houve uma queda de 16 pontos percentuais desde então.
Ao mesmo passo, o percentual de enfermarias ocupadas caiu de 55,2% para 51,4% na comparação entre os dois últimos balanços.
Portanto, essa estatística também está próxima de mudar de nível: do alarmante (entre 51% e 69%) para o controlado (abaixo dos 51%).
O número médio de transmissão por infectado, o fator RT, manteve tendência de queda nesta quarta: está em 0,88, pouco abaixo do 0,89 registrado no balanço anterior.
Vale ressaltar que essa foi a 13ª queda em sequência do fator RT. O parâmetro está abaixo de 1, portanto na zona controlada.
Casos e mortes
Após registrar a primeira morte de uma criança nessa terça, BH contabilizou mais 32 vidas perdidas pela COVID-19 no boletim mais recente.
No total, a cidade soma 92.067 casos de infecção pelo novo coronavírus. Dessas pessoas, 2.314 morreram, 5.302 estão em acompanhamento e 84.451 se recuperaram.
No levantamento por regionais, a Noroeste é a região com maior número de mortes por COVID-19 em BH: 312, 25 a mais a Região Nordeste. Na sequência, aparecem Oeste (276), Leste (264), Barreiro (260), Venda Nova (249), Centro-Sul (246), Pampulha (220) e Norte (200).
No total, 1.264 homens perderam a vida para a virose em BH. A quantidade de mulheres mortas é de 1.050.
A faixa-etária mais atingida pela COVID-19 são os idosos: 83,46% (1.931 no total).
Na sequência, aparecem aqueles entre 40 e 59 anos: 14,39% (333). Há, ainda, 48 óbitos entre 20 e 39 anos (2,07%), um pré-adolescente entre 10 e 14 anos (0,04%) e uma criança entre 1 e 4 (0,04%).
Além disso, 97,4% dos mortos apresentavam ao menos uma comorbidade, sendo cardiopatia, diabetes, pneumopatia e obesidade as mais comuns.
Em BH, 60 pessoas morreram com quadros clínicos de COVID-19 sem comorbidade: 49 homens e 11 mulheres. A maioria tinha entre 40 e 59 anos.