Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Sindicatos de lojistas e de restaurantes comemoram reabertura em BH

A partir de segunda-feira (1º/2), o comércio não essencial em Belo Horizonte voltará a funcionar, após receber o sinal verde da prefeitura da capital mineira. Os sindicatos dos lojistas e o de bares e restaurantes comemoraram o retorno. 



"Sem dúvida, foi um ganho. Este momento é extremamente importante para o Sindicato de Lojistas de Belo Horizonte (Sindlojas), junto com a PBH. Estamos tratando de vidas, mas o comércio também é vida, a cidade vive pelo comércio. Por isso, esta retomada é importante para todos nós", disse o vice-presidente do Sindlojas, César Albuquerque. 

O anúncio da reabertura não foi surpresa para a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH). De acordo com o presidente da entidade, Marcelo de Souza e Silva, “na última terça-feira, em entrevista coletiva que concedemos com outras 23 entidades de diversos segmentos da nossa economia, comprovamos em números divulgados pela própria prefeitura que o comércio poderia ser aberto imediatamente”.

Bares e restaurantes poderão abrir das 11h às 22h, podendo vender bebidas alcoólicas até as 15h. Após esse horário, os estabelecimentos poderão permanecer abertos, mas sem o comércio de álcool.



"Houve uma inversão de horário. Evidentemente, evoluímos quanto ao funcionamento. Antes era à noite. Agora, a noite não pode vender nosso maior volume. Foi preciso inverter por causa das aglomerações. Mas prejudica muito a verba. Foi um início de avanço na crise do setor nos últimos 50 anos ou desde a existência da categoria", afirmou Paulo Cesar Pedrosa, presidente do Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares (Sindbares). 

Ele pontua que mais de 17 mil pessoas estão desempregadas no ramo da hotelaria e gastronomia na capital mineira.

A CDL voltou a questionar a necessidade de  fechamento das últimas semanas. "Entre os diversos números apresentados pelas entidades na coletiva, um deles comprovou que o fechamento do comércio não aumentou o índice de isolamento social. Segundo informações dos boletins epidemiológicos divulgados pela prefeitura, nos três dias úteis anteriores ao anúncio da paralisação, a média de isolamento era 46,03%", disse a CDL.

O presidente da CDL-BH reafirma que a principal reivindicação da entidade desde o início da pandemia continua: a abertura de leitos para tratamento da doença.

Segundo Marcelo de Souza, ainda hoje a CDL vai enviar ofício ao prefeito Alexandre Kalil e ao governador Romeu Zema solicitando a manutenção e a ampliação do número de leitos para tratamento da COVID-19.



Redução de taxas


Os dois sindicatos pedem ainda redução de taxas. "Ficamos seis meses fechados e quando começamos a ter folego tivemos que fechar. O órgão publico e demais governos deverão olhar muito bem para isso, para retomar as atividades", disse o vice-presidente do Sindlojas.

"Tem um abuso de alvará e taxas e o que aconteceu foi empurrar  até o final do ano. Mais da metade da categoria já quitou ano passado. Isso não resolve. O que resolve é isenção de IPTU por seis meses, essa foi promessa do Kalil no ano passado, que não podia ocorrer devido ao ano eleitoral", completou.

A reabertura


De forma geral, o esquema de reabertura funcionará igual ao que era praticado antes do fechamento, no começo de janeiro, com mudança apenas em relação aos bares e restaurantes, que também voltarão à ativa.

Lojas de rua poderão funcionar entre 9h e 20h, de segunda-feira a sábado.

Além disso, as academias também poderão funcionar sem horário especificado, mediante agendamento dos clientes. Shoppings também receberam o sinal verde para reabrir. 

audima