
Em entrevista à Rádio Itatiaia na manhã deste sábado (16), o chefe da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Henrique Castilho, disse que o problema vai continuar enquanto nenhuma intervenção for feita em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
“Nós não vamos conseguir resolver se o governo do Estado, junto com a Copasa e a Prefeitura de Contagem, não tomar providência. É uma coisa que está nos preocupando. Já se passou praticamente um ano das chuvas do ano passado e nada foi feito até hoje”, disse ele em entrevista.
O chefe da Sudecap explicou que o córrego Ferrugem, que vem de Contagem, se encontra com o rio Arrudas, fazendo com que, caso ocorra forte pancada de chuva, o enorme volume de água inunde a Avenida Tereza Cristina. “Em Contagem, já deveriam estar sendo feitas no mínimo três bacias de detenção: uma no córrego Ferrugem e duas no córrego Riacho das Pedras. E essas obras não iniciam”, denunciou.
De acordo com Castilho, em Belo Horizonte todas as obras para prevenir enchentes foram concluídas em maio do ano passado, a um custo de R$ 5,4 milhões. Apesar disso, mais adiante, o chefe da Sudecap deixou escapar que algumas dessas obras ainda não foram concluídas: “Considerando tudo que está sendo executado, estamos retendo 1 bilhão de litros de água. As obras que estão em andamento e que estão prontas vão reter 1 bilhão e não vão resolver. Nós realmente precisamos sentar e falar: o que vai ser feito para acabar com esse problema? E acabar com esse problema é [solucionar] o problema do Ferrugem”.
Ainda durante a entrevista, Castilho disse que o vice-prefeito de BH, Fuad Noman, e o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Josué Valadão, já se reuniram com a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), mas nenhuma data para solucionar o problema foi marcada.