Foi sepultado no Cemitério Bosque da Esperança, no Bairro Jaqueline (Região Norte), em Belo Horizonte, na tarde desta sexta-feira (15/01), o corpo da compositora Rosa Quadros, de 76 anos, viúva do cantor e sanfoneiro Mangabinha , fundador do grupo de música sertanejo Trio Parada Dura, morto em abril de 2015. Rosa Quadros morreu quinta-feira (14/01), em decorrência de complicações da COVID-19.
Rosa Quadros compôs, com Mangabinha, várias músicas gravadas pelo Trio Parada Dura, sendo a mais bem-sucedida As Andorinhas. Ela foi a segunda pessoa ligada ao grupo sertanejo a perder a vida por causa do novo coronavírus.
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Refúgio em sítio
A viúva de Mangabinha, cujo nome de batismo é Antônia Quadros Ribeiro, nasceu em Curvelo, mas morava em Belo Horizonte. Desde o início da pandemia, ela foi para um sítio da família, em São José do Buriti, distrito de Felixlândia (perto de Curvelo), justamente para se afastar dos riscos de contaminação, pois era do grupo de risco (mais de 60 anos, diabética e asmática).
Apesar do “refúgio”, acabou sendo contaminada e perdeu a vida. Rosa Quadros deixou duas filhas, três netos e dois bisnetos.
A empresária Clany Maria Soares Nogueira, irmã de Rosa Quadros, disse que não tem ideia de como a compositora foi contaminada pelo novo coronavírus e quem teria transmitido a doença para ela. “Ninguém sabe isso, onde está o vírus. O vírus é invisível”, afirmou Clany, que mora em Belo Horizonte.
Mineiro de Corinto (Região Central de Minas), o cantor e sanfoneiro Mangabinha (Carlos Alberto Ribeiro), marido e parceiro de Rosa Quadros, morreu em 23 de abril de 2015, aos 73 anos, em BH. Ele foi vitima de infarto e de complicações da diabetes.
Mangabinha fundou o Trio Parada Dura em 1973, tendo como companheiros Creone e Barrerito. Em 1982, Barrerito (Elcio Neves Borges), após sofrer um acidente áreo, ficou paraplégico e deixou o grupo, sendo substituído pelo irmão Parrerito. Barrerito seguiu carreira solo e morreu em 1998, em Belo Horizonte.
A última formação do Trio Paradura teve Parrerito, Creone e Xonadão. Da formação inicial, o grupo continua contando somente com Creone (Floriovaldo Alves Ferreira, de 80), tendo companheiro Xonadão.