Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

COVID-19: uso das UTIs tem novo recorde, e BH bate marca de 1,9 mil mortes

 

 

A taxa de ocupação dos leitos de UTI para pacientes com COVID-19 bateu novo recorde em Belo Horizonte nesta terça-feira (5/01): 83,5%. Este é o segundo dia consecutivo que o indicador bateu recorde, tendo registrado 80,5% no boletim epidemiológico e assistencial anterior, divulgado nessa segunda (4/01).





 

 

 

Para efeito de comparação, o percentual de uso na terapia intensiva era de 44% no início de dezembro.

 

Contudo, vale lembrar que a prefeitura alterou o critério de avaliação no último dia 18. Em vez de considerar a oferta em potencial, o Executivo municipal passou a colocar na conta apenas os leitos que realmente estavam à disposição da população.

 

Isso aconteceu à época porque muitos dos leitos que eram considerados no balanço não poderiam voltar à ativa pela falta de pessoal (enfermeiros, técnicos em enfermagem e médicos) para mantê-los em operação.

 

Ainda no boletim desta terça, a prefeitura informa que BH bateu a marca de 1,9 mil mortes. São 65.141 casos confirmados: 3.406 em acompanhamento, 59.834 já curados e 1.901 óbitos.





 

Nesse balanço, a prefeitura adicionou novos 611 casos e mais seis vidas perdidas para a infecção.

 

Outros dois indicadores fundamentais para a tomada de decisão do Executivo municipal, o número médio de transmissão por infectado e a taxa de ocupação das enfermarias também registraram alta.

 

 

 

O fator RT saiu de 1,06 para 1,07 e se manteve na zona de alerta, entre 1 e 1,2. Já o percentual de uso dos leitos clínicos subiu de 64,4% para 67,3% e também está na fase intermediária, entre 50% e 69%.

 

Perfil das vítimas

 

No levantamento por regionais, a Noroeste é a região com maior número de mortes: 253, 19 a mais que a Região Nordeste. Na sequência, aparecem Oeste (230), Leste (214), Barreiro (211), Venda Nova (207), Centro-Sul (201), Pampulha (180) e Norte (171).





 

No total, 1.061 homens perderam a vida para a COVID-19 em BH. A quantidade de mulheres mortas é de 840.

 

A faixa-etária mais atingida são os idosos: 82,9% (1.575 no total). Na sequência, aparecem aqueles entre 40 e 59 anos: 14,8% (283). Há, ainda, 42 óbitos entre 20 e 39 anos (2,2%) e um de menor de idade (0,1%).

 

Além disso, 97,4% dos mortos apresentavam ao menos uma comorbidade, sendo cardiopatia, diabetes, pneumopatia e obesidade as mais comuns.

 

Em BH, 49 pessoas morreram com quadros clínicos de COVID-19 sem comorbidade: 39 homens e 10 mulheres. A maioria tinha entre 40 e 59 anos.

audima