Jornal Estado de Minas

TRAGÉDIA

Capitólio: vídeo mostra resgate de vítima de cabeça d'água em cachoeira

O Corpo de Bombeiros divulgou imagens do resgaste de quatro crianças e um adulto após cabeça d’água no último fim de semana, no complexo de cachoeiras entre São José da Barra e Capitólio, no Sul de Minas. Ao todo, 19 pessoas foram vítimas do fenômeno.





 

No último sábado (03/01), um grupo de banhistas foi surpreendido pelo volume repentino de água na Cachoeira Cascatinha, próximo a região dos cânions. Três jovens foram arrastados pelo volume de água e não conseguiram se salvar.

 

Os corpos de Elayla Chagas Correa, de 24 anos, e Helen Cristina, de 27, foram resgatados nesse domingo (3/1). Já o corpo de Jardyan Resende Correa, de 23, estava a quatro metros de profundidade na cachoeira e foi encontrado nessa segunda-feira (04/01). As vítimas são de Oliveira, no Centro-Oeste de Minas.

 

De acordo com a corporação, 11 pessoas foram resgatadas pelo helicóptero Arcanjo utilizando a técnica de cesto de salvamento. Dois homens com fraturas na perna precisaram ser socorridos para a Santa Casa de Passos.





 

Um dos homens, que segue internadol, é o pai de Jordyan e Elayla. Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa de Passos, Márcio Chagas teve fratura no fêmur e o quadro é estável. A vítima também recebe atendimento psicológico na unidade.

O restante das vítimas, que não apresentaram ferimentos, foi liberado após avaliação médica. Outras cinco pessoas, que ficaram ilhadas, foram resgatadas pela equipe de solo.

 

Fenômeno

Tragédia aconteceu no complexo de cachoeiras entre São José da Barra e Capitólio (foto: CBMMG/divulgação)
A cabeça d'água teve como causa fortes chuvas na parte superior do Rio Capivara, localizado no Eco Parque de Capitólio. O fenômeno, que deixou vítimas, tem como causa um aumento momentâneo do nível d'água de rios e lagos. Ele acontece quando uma grande quantidade de chuva cai em partes superiores de uma cachoeira. Com isso, os banhistas são surpreendidos pela força d'água, que sobe rapidamente.





 

A dica da Defesa Civil é simples: a população precisa evitar cachoeiras sem salva-vidas. Além disso, o banhista jamais deve frequentá-las sozinho durante o período de chuvas.

 

Grupo de banhistas foi surpreendido pelo volume repentino de água na Cachoeira Cascatinha (foto: CBMMG/divulgação)

Checar a previsão do tempo para o dia em específico também é importante. A presença de folhas na superfície, aumento do volume da “cascata d’água” e mudança da cor do rio são sinais de que uma cabeceira d’água está em curso, indica o órgão.