Jornal Estado de Minas

PANDEMIA?

Cirurgião plástico promove festa com direito a DJ em apartamento de BH

Um cirurgião plástico de Belo Horizonte fez uma festa em seu apartamento no sábado (19/12) e publicou fotos e vídeos em redes sociais. O local não foi divulgado, mas, nas publicações, é possível observar aglomerações, convidados sem máscara e nenhum distanciamento. 





O médico é conhecido por realizar uma cirurgia plástica chamada lipoaspiração HD, técnica que tem feito sucesso no meio, e suas consultas chegam a custar, em média, R$ 1.500. 

Nos vídeos publicados nas redes de Gustavo Aquino legendas como “Vem pro nosso time”, “Reunião da turma! O importante da vida é ser feliz!" indicaram a confraternização, que também foi confirmada, pelo som de uma DJ e pelo menos 40 pessoas fazendo uso de bebidas alcoólicas.

Segundo o portal de notícias G1, uma paciente que não quis ser identificada disse que ele sempre faz festas e agora teve coragem de postar nas redes. “Uma festa, em meio à pandemia. Dá festa e depois opera, já imaginou o risco? Estou indignada", afirmou a paciente. 





No domingo (20/12), todas as publicações relacionadas à festa foram apagadas do perfil do médico, que também não quis se manifestar após o ocorrido.

Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte alerta para os riscos de confraternizações de fim de ano e recomenda que essas reuniões não sejam feitas, para evitar um “janeiro sombrio”. Segundo o secretário municipal de Saúde,  Jackson Machado Pinto, “não está na hora de juntar gente, aglomerar, fazer festa”.

As denúncias de aglomerações na cidade podem ser feitas pelo 153. 
 
Confira a nota da Prefeitura de Belo Horizonte na íntegra: 
 
A Prefeitura de Belo Horizonte recomenda que os cidadãos não realizem e nem participem de eventos e confraternizações de final de ano.  

Sobre fiscalização em residências, com base no inciso XI do Artigo 5º da Constituição Federal, que define o direito fundamental relativo à inviolabilidade domiciliar, "a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.”

A Guarda Municipal, portanto, não tem o poder de entrar nos domicílios particulares para verificar o cumprimento do distanciamento mínimo entre as pessoas e das demais medidas preventivas contra a propagação da pandemia.

A corporação ressalta, porém, que a pandemia não acabou. Neste sentido, se faz necessário adotar as medidas de prevenção indicadas pelas autoridades de Saúde. 
 
 
*estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz

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