Jornal Estado de Minas

ABASTECIMENTO HÍDRICO

'Não há risco de desabastecimento da Região Metropolitana', diz secretária

Secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, Marília Melo negou nesta quinta-feira que a Região Metropolitana de Belo Horizonte possa sofrer com racionamento de água em breve. Nessa quarta, um relatório da Câmara Municipal da capital mineira alertou para essa possibilidade enquanto um ponto de captação da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba não fosse construído.





“Todas as simulações da Copasa em relação aos reservatórios, hoje têm ainda em torno de 80% do volume útil pensando todos juntos. Se não chover nada, o que não vai ocorrer porque estamos entrando no período chuvoso, o que tem reservado hoje daria para abastecer a Região Metropolitana até 2022, junho de 2022. Então, não há risco de desabastecimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte”, afirmou a secretária do Governo de Minas. O posicionamento da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) é o mesmo da servidora.

A Região Metropolitana de BH é abastecida por duas bacias hidrográficas: do Rio das Velhas e do Rio Paraopeba. O rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na Região Central do estado, em janeiro de 2019, impossibilitou o funcionamento do ponto de captação no Paraopeba.

Baseado nisso, um relatório da Comissão Especial de Estudo – Abastecimento Hídrico da Câmara de BH aponta que a região depende das chuvas e que poderia “sofrer racionamentos e falta de abastecimento”. “O prazo estabelecido para a entrega da nova fonte de captação no Rio Paraopeba não foi cumprido e a cidade permanece em risco", diz trecho do documento, elaborado por vereadores belo-horizontinos.





A obra da Vale, empresa responsável pela barragem de rejeitos minerais que se rompeu e matou 259 pessoas, deixou 11 desaparecidas e causou diversos outros danos ambientais, deveria ser concluída até setembro deste ano. A secretária afirmou que a nova data para conclusão e entrega é fevereiro de 2021.

“Em decorrência de fatores externos, alheios à vontade e controle da Vale, houve necessidade de adequação dos prazos. Dentre os fatores impeditivos, incluem-se restrições de segurança impostas pela pandemia da COVID-19, medidas restritivas decretadas pelo poder público municipal e outros órgãos públicos, demora na obtenção de autorização judicial para ingresso nas áreas necessárias à implantação do projeto e a ocorrência de intensas chuvas na região entre dezembro de 2019 a março de 2020, muito acima da média prevista para o período”, diz por meio de nota a Vale, que também informa a conclusão para fevereiro de 2021.

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