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Estado de Minas 300 anos de causos

Mariana conserva tradição de causos de assombração há mais de 300 anos

O causo do Capitão Jack existe desde os tempos do Ciclo do Ouro, ainda têm pessoas que veem o minerador perambulando pelas ruas do distrito


02/12/2020 21:48 - atualizado 02/12/2020 22:27

A Mina de Passagem de Mariana é um dos locais mais visitados por turistas em Mariana, atrás de história e lendas(foto: Foto: reprodução/google Street View)
A Mina de Passagem de Mariana é um dos locais mais visitados por turistas em Mariana, atrás de história e lendas (foto: Foto: reprodução/google Street View)

Passagem de Mariana, vilarejo formado a partir do Ciclo do Ouro, hoje é um dos distritos de Mariana, Região Central de Minas Gerais. O local atraiu pessoas de diversas nacionalidades atrás de fortunas, quando ainda pertencia à Capitania de São Paulo e Minas de Ouro.

 

Se tivesse como falar, o lugar contaria histórias e lendas com mais de 300 anos, como não é possível, deixou de herança assombrações que perambulam até os dias de hoje pelas vielas do distrito para que a memória cultural seja lembrada.

 

Incumbido da missão de deixar vivo o folclore mineiro, o historiador e membro da Associação dos Caçadores de Assombração de Mariana, Leandro Henrique dos Santos, afirma que existem 40 causos de assombração na cidade de Mariana e o do Capitão Jack, minerador em Passagem de Mariana, ainda está vivo na memória popular.

Santos conta que existia um capitão na segunda fase do ciclo do ouro que tinha como função contar quantos furos a dinamite fazia na pedra ao ser implodida. Esse trabalho, segundo o historiador, era importante na época, porque se ficasse dinamite na pedra, poderia matar algum minerador, mão de obra importante no ciclo do ouro.

O capitão Jack era um geólogo inglês que morreu em um desabamento ocorrido na Mina da Passagem. Muitas pessoas afirmam que até hoje veem um homem muito elegante, montado em um cavalo, passeando pelas redondezas da Mina de Passagem e quando chegam perto dele, o homem some no ar.

 

“O meu pai já viu ele algumas vezes e já até acostumou em ver o Capitão Jack em Passagem, até pouco tempo atrás, um gerente da Mina deixou de ser gerente por causa do Capitão Jack, a assombração não deixava ele em paz”, afirma o historiador. 

 

A Associação dos Caçadores de Assombração de Mariana foi criada para fazer pessoas conhecer o patrimônio cultural e protege-lo.(foto: Foto: Divilgação/Associação dos Caçadores de Assombração de Mariana)
A Associação dos Caçadores de Assombração de Mariana foi criada para fazer pessoas conhecer o patrimônio cultural e protege-lo. (foto: Foto: Divilgação/Associação dos Caçadores de Assombração de Mariana)
O professor afirma que os relatos da cidade estão relacionados a uma fase da história da cidade, e que a tradição de contar causos, reconhecida com patrimônio imaterial, foi o motivo da criação da Associação dos Caçadores de Assombração de Mariana, em 2009. “Fazemos um curso de educação patrimonial que leva as pessoas aos museus para conhecer todo o circuito histórico da região e as culturas populares, como as lendas e o folclore. Vem gente de todas as idades de crianças a idosos. Fazemos também um trabalho voluntário em cinco escolas de Mariana”, completa Santos


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