Jornal Estado de Minas

CONDENADO

Laudo confirma abalo irreversível no prédio de Betim; demolição aguarda liberação da Cemig


Divulgado ao fim da manhã desta quarta-feira (25), o laudo de condenação do Edifício In Cairo, que tombou após forte temporal em Betim, na Grande BH, confirma o abalo irreversível da estrutura do imóvel. 





O documento foi solicitado pela Justiça para que a demolição fosse autorizada. Segundo a prefeitura de Betim, o procedimento deve ser realizado ainda nesta quarta-feira (25). 

O laudo é assinado por uma equipe de engenheiros comandada por Esequiel Júnior, presidente da Comissão Permanente de Avaliação de Imóveis de Betim. Ele explica que os especialistas constataram o comprometimento de vigas e pilares importantes na sustentação do prédio, deixando a estrutura sob risco iminente de desabamento. 

"Não podemos precisar quanto tempo o edifício ainda se sustentará de pé, mas o risco de queda é iminente. O quanto antes a derrubada acontecer, melhor", destaca o dirigente. 

Ainda de acordo com o Esequiel, as condições instáveis do edifício não permitiram uma avaliação mais detalhada da construção. Dados como grau de inclinação da estrutura desde o tombamento ou identificação dos elementos abalados não puderam ser obtidos pelos engenheiros que, por questões de segurança, tiveram que analisar os danos a partir de imóveis da vizinhança, com o auxílio de drones. 

Avaliações cautelares da Defesa Civil calculam que a demolição pode comproeter até 18 residências entorno do In Cairo. A mais ameaçada fica na lateral da edificação, na Rua Ronie Peterson 450. 





A empresa contratada para a  demolição informou que aguarda duas providências para iniciar os trabalhos. A primeira é o corte de energia na região pela Cemig, programado para o meio-dia. Outro é a entrega da Anotação de Responsabilidade Técnica à prefeitura, documento emitido pela construtora Abrahim Hamza Construção Eirelli, proprietária do In Cairo.

A Defesa Civil estima que a demolidora levará dois dias para concluir o serviço. Nas primeiras 24 horas, para reduzir o risco de colapso,  a ideia é derrubar ao menos um dos andares. 

A empresa foi orientada pela prefeitura a preservar os escombros para que, posteriormente, peritos possam pesquisar as causas do desabamento.

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