Jornal Estado de Minas

COVID-19

"É preocupante. O vírus espera por esse relaxamento das pessoas", alerta infectologista sobre transmissão da COVID-19 em BH


Nos últimos dias, os indicadores da COVID-19 colocam os belo-horizontinos diante da responsabilidade de barrar o avanço na transmissão da doença na capital. Os indicadores ainda não estão no vermelho, nível de alerta máximo, mas o indíce de transmissão apresenta aumento. O presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estevão Urbano, faz um alerta. 




 
preocupante. Esperávamos sim um aumento, mas não podemos aceitar um aumento que passe do limite. Isso tudo é por causa das flexibilizações, dos feriados e da falsa sensação de segurança que muitas pessoas têm hoje, exatamente pelo fato de os números terem baixado em determinado momento", afirma.
 
Os indicadores apontam 1,13 no número médio de transmissão por infectado e está no amarelo. A ocupação de leitos das unidades de tramento intensivo (UTI) COVID-19 está em 31,8% e a de leitos de enfermaria COVID-19 está em 29,8%, de acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde divulgado nesta segunda-feira, 16 novembro. Belo Horizonte totaliza 51.194 caos e 1.566 mortes.
 
O infectologista lembra que a flexibilização dá "a sensação de que está tudo bem', mas a pandemia ainda não foi controlada.  As pessoas estão muito tranquilas, mas ele aponta para um efeito colateral da reabertura. "É o relaxamento nas medidas sanitárias, saídas exageradas, uso de máscara de forma inadequada, e as aglomerações, principalmente por jovens em bares e festas", completa.




 
No entanto, a falta de cuidado pode resultar em aumento no número de casos e mortes. "O vírus espera esse momento de relaxamento das pessoas. Está à espreita e a mortalidade dos casos que vão para CTI continua alta, o tratamento não teve grande evolução".
 
O especialista defende que as pessoas precisam se consicientizar e remobilizar para as medidas de prevenção até que chegue a vacina. "Tentarmos fazer travessia até a vacina. Estamos muito mais próximo desde o início da pandemia"

De acordo com o epidemiologista, é preciso evitar  que os indicadores cheguem à zona vermelha, principalmente a taxa de transmissão e os indicadores de saturação hospitalar. A taxa de transmissão está no amarelo e de saturação de leitos no verde.

"Não podemos deixar tudo chegar no vermelho para depois pensar que está ruim e que tem que fazer algo diferente. Agir agora para evitar que isso aconteça. A principal ação é as pessoas não relaxarem, se conscientizarem do risco que ainda existe"


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