Jornal Estado de Minas

DOENÇA RARA

Santo Antônio do Monte registra primeiro caso de síndrome inflamatória infantil ligada à COVID

Santo Antônio do Monte, na Região Centro-Oeste de Minas, registrou o primeiro caso de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) – doença que pode estar relacionada à COVID-19 e é considerada rara pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). A criança testou positivo para o novo coronavírus. A informação foi confirmada, nesta quarta-feira (28), pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).





 

A menina, de 5 anos, estava internada em Belo Horizonte, onde foi diagnosticada com a doença e recebeu o tratamento. De acordo com a Semusa, a criança já recebeu alta e está em casa.

 

Conforme a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a síndrome se manifesta dias ou semanas depois de uma infecção aguda pelo coronavírus. Ainda segundo a SBP, entre os sintomas estão: insuficiência respiratória, doença renal aguda, insuficiência cardíaca aguda.

As crianças também apresentam sintomas semelhantes à doença de Kawasaki, como febre, manchas vermelhas na pele, conjuntivite, edema de pés e mãos. 

 

O caso colocou em alerta a Secretaria de Saúde. “Por mais que a maioria das crianças contaminadas pela COVID-19 seja assintomática, elas podem desenvolver esta síndrome, que demanda uma atenção especial, e em alguns casos, internação”, destaca a secretária da pasta, Carla Santos.



A recomendação é seguir as normas de prevenção. “Evitar levar crianças e bebês em locais com aglomeração, estar atento ao uso das máscaras, à higienização das mãos, e também dos brinquedos”, afirmou.

Números da pandemia na cidade

 

Santo Antônio do Monte tem 443 casos confirmados de COVID-19. Desde o início da pandemia, 11 mortes foram registradas. Há 123 pacientes em monitoramento, sendo 120 em domicílio e três em internação hospitalar.

 

Desde julho, a Secretaria de Estado de Saúde (SES), em consonância com o Ministério da Saúde, determinou a notificação obrigatória de casos suspeitos da síndrome e vem acompanhando o agravo no estado, aguardando análise de exames para descartar ou confirmar a doença.

Esse é o segundo registrado na macrorregião Oeste. O primeiro foi de um paciente de 10 anos, morador de Oliveira.

 
*Amanda Quintiliano, especial para o EM 

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