Jornal Estado de Minas

COVID-19

Número de pacientes de COVID-19 em UTIs de BH atinge menor patamar desde junho, aponta estudo

Um estudo realizado pelo Grupo Colaborativo dos Coordenadores de UTI de Belo Horizonte traz boas e más notícias sobre a COVID-19 na capital. O número de pacientes internados em UTI atingiu o menor número desde junho, porém, a proporção de pessoas que precisam de ventilação mecânica na luta contra o vírus aumentou.





Especialistas afirmam que estudo é de extrema importância, uma vez que foi feito por profissionais que estão na ponta. 

 

A pesquisa analisou os dados mais recentes coletados entre 30 de setembro e 7 de outubro em Belo Horizonte. A constatação mais preocupante, é que o número de pacientes em ventilação mecânica subiu de 154 para 168 no período analisado, um aumento de 9%.

 

 

 

No último dia de setembro, 59% dos pacientes internados em UTI precisavam do auxílio de respiradores para sobreviver ao vírus, já no fim da primeira semana de outubro, esse número subiu para 68%. Esses dados indicam que os casos mais recentes da doença em Belo Horizonte são mais graves do ponto de vista respiratório. 

 

(foto: Grupo Colaborativo dos Coordenadores de UTI de Belo Horizonte/Divulgação )
 

 

A boa notícia, segundo o estudo, é que a ocupação de leitos do SUS reservados para COVID-19 atingiu o menor índice desde julho. No pico da pandemia, 96% dos leitos estavam ocupados por pacientes com a doença, já na primeira semana de outubro, esse número caiu para 61%. A ocupação de leitos privados, que chegou a 80% em julho, está agora em 49%.





 

Outro índice que traz esperança, é que a taxa de letalidade não subiu no período analisado pelo estudo.  

Segunda onda

Segundo especialistas, no caso de uma segunda onda da doença, os números retornariam rapidamente ao mesmo patamar registrado durante o pico. Atualmente, são 247 pacientes internados em leitos de UTI públicos e privados em Belo Horizonte.

 

Caso as infecções fujam novamente do controle, a previsão é que quase todos os 657 leitos de UTI disponíveis na capital voltem a ser ocupados por pacientes com sintomas graves da doença.

Risco de infecção ainda alto

Ainda de acordo com o estudo divulgado, apesar de a situação atual ser aparentemente confortável em relação à ocupação de leitos de UTI, em Belo Horizonte, o risco de infecção ainda é alto. Os registros mais recentes são de 120 novos casos por 100 mil habitantes a cada 14 dias.

 

(foto: Grupo Colaborativo dos Coordenadores de UTI de Belo Horizonte/Divulgação )

 

O número ideal de novos casos por 100 mil habitantes deve estar próximo à 50 para que o risco de infecção seja considerado moderado, afirmam os especialistas.