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Estado de Minas LAGOA DA PAMPULHA

Após atropelamento de bicampeão brasileiro, ciclistas protestam contra violência no trânsito

Grupo chegou a fechar os dois sentidos da Avenida Otacílio Negrão de Lima, mas contou com apoio de motoristas e da BHTrans


10/10/2020 10:18 - atualizado 10/10/2020 10:53

Protesto aconteceu depois de acidente envolvendo o bicampeão brasileiro de ciclismo, Ricardo Alcici Matos(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Protesto aconteceu depois de acidente envolvendo o bicampeão brasileiro de ciclismo, Ricardo Alcici Matos (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Cerca de 60 ciclistas montando todos os tipos de bicicletas fecharam nesta manhã deste sábado (10) a Avenida Otacílio Negrão de Lima, que circunda a Lagoa da Pampulha, no trecho entre o Parque Ecológico e o Zoológico. O ato foi manifestação contra a violência do trânsito local que feriu com gravidade, no último dia (6), o bicampeão brasileiro de ciclismo Ricardo Alcici Matos, de 40 anos.

Protesto aconteceu depois de acidente envolvendo o bicampeão brasileiro de ciclismo, Ricardo Alcici Matos(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Protesto aconteceu depois de acidente envolvendo o bicampeão brasileiro de ciclismo, Ricardo Alcici Matos (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
O grupo contou com o apoio de agentes da BHTrans e de guardas municipais. De comum acordo com as autoridades de trânsito, bloquearam uma pista por vez e por um minuto as duas pistas. Nas mãos, abriram cartazes com frases para sensibilizar os condutores: “motorista, na dúvida, não ultrapasse”, “motorista, numa bike vai uma vida” e “usar a Pampulha é direito de todos”.

Mesmo com o fechamento das pistas, os manifestantes contaram com a simpatia dos motoristas e dos motociclistas bloqueados. “Eles estão certos de protestar, porque são os mais fracos do trânsito. Qualquer acidente com bicicletas ou pedestres a coisa fica mais grave, com perigo de morte. É bom que se conscientize mesmo”, disse o empresário Rogério Mourão, de 43 anos, que ficou na fileira de carros aguardando o desbloqueio para uma viagem de trabalho.

O autônomo Alexandre Rachid, conhecido como “Xandão”, de 48 anos, pratica mountain bike e pedala em circuitos urbanos há 10 anos, por diversão e para trabalhar e ajudou a organizar o protesto. “Há muita falta de respeito. Motoristas nos fecham, acham que estamos nos divertindo por causa dos capacetes e roupas coloridas, mas eu uso a bike para trabalhar como um médico usa um carro ou um operário usando ônibus. Temos de ser respeitados”, afirma.

O esportista ferido na orla foi atropelado por um carro que invadiu a contramão. O motorista afirma ter perdido o controle, mas testemunhas disseram para as autoridades que o condutor tentou uma ultrapassagem e atingiu o ciclista. Ricardo Alcici sofreu fratura na perna e escoriações e segundo últimos informes estava bem, em recuperação.

Essa mesma violência já vitimou o ciclista Alexandre Rachid duas vezes. “Na primeira, um carro me atingiu na contramão. Fraturei os dois pulsos. Da segunda, estava dentro da ciclovia quando uma mulher invadiu o espaço de carro, me arrastou e tive duas fraturas nos braços. É isso que passamos quando pedalamos”, desabafou Alexandre.


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