Em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, os novos casos positivos de COVID-19 e de mortes em decorrência do vírus registraram uma queda significativa na comparação entre os meses de agosto e setembro.
Leia Mais
COVID-19: morre irmã de candidato a prefeito de UberabaCoronavírus: Minas ultrapassa 313 mil casos com 2,9 mil novos em 24h'População está em pânico', diz prefeitura sobre decisão da Justiça em reabrir São Tomé das LetrasEm Ibirité, devido à pandemia, pacientes começam a receber medicamentos em casaPrefeito de Santa Luzia compara vereadores aos 'Trapalhões' após arquivamento de processo de impeachmentCom o número de mortes a queda foi de 23%. Em agosto foram registradas novas 104 mortes, contra 80 do mês passado. Atualmente, a cidade registra 365 óbitos por complicações causadas pela COVID-19.
Em agosto, o número de mortes passou de 175 para 279. No mês seguinte, os registros deram uma desacelerada, passando de 285 para 365.
Outro índice que corrobora com a progressão menos acelerada da doença em Contagem é a taxa de ocupação dos leitos específicos para coronavírus. Nesta quarta-feira (7), 67,09% dos leitos de UTI se encontram ocupados. No dia 7 de setembro, esse índice estava em 85,29%.
Apesar da aparente melhora do quadro, a subsecretária municipal de Assistência em Saúde, Kênia Carvalho, afirma que a cidade ainda está em meio à pandemia e que as medidas precisam ser mantidas.
“É importante ressaltar que a pandemia não acabou. As ações da Secretaria de Saúde continuam sendo realizadas exatamente igual desde o início da pandemia. Todas as unidades básicas estão trabalhando na captação precoce dos pacientes. Se a gente consegue identificar precocemente um sintomático respiratório suspeito, automaticamente essa pessoa é orientada a ir para o isolamento. E, se ela for um caso elegível para testagem, é realizado o teste de COVID segundo agendamento na Unidade Básica de Saúde. Isso evita que mais pessoas se contaminem, porque as suspeitas seguem logo para o isolamento”.
A subsecretária credita a redução nos índices de novos casos e mortes ao fato de a cidade ter se organizado para combater a doença desde o início.
“A cidade criou um plano de contingência, com ações que vão sendo estabelecidas para o decorrer da pandemia. Viemos traçando esse caminho desde março. A rede (de saúde) foi preparada, e isso impacta nesse momento que a gente está vivendo, já em redução. Foram preparadas as 74 unidades básicas de saúde para o recebimento de paciente sintomáticos respiratórios menos graves. Todas as equipes foram treinadas. Todas as UPAs estão adequadas a receber pacientes sintomáticos respiratórios, principalmente a UPA JK e Ressaca", disse.
Kênia ainda explica que a cidade conta com a estrutura de um hospital de campanha, que atende apenas pacientes com COVID-19 e possui cerca de 50 leitos de UTI e 40 de clínica médica. O município tem ainda uma ala de coronavírus no Hospital Municipal.
O atendimento aos idosos também tem obtido resultados para reduzir as mortes nessa faixa etária, considerada a de maior risco pelos especialistas. A cidade tem monitorado as Instituições de Longa Permanência. Quando um idoso apresenta sintomas de COVID-19, passa a ficar sob os cuidados da equipe de saúde municipal.
Caso a casa de repouso não possua condições para isolar o idoso dos demais, ele é levado para um hotel na cidade, transformado para receber pessoas nessa mesma condição. Dessa forma a cidade evita surtos em asilos.
Caso a casa de repouso não possua condições para isolar o idoso dos demais, ele é levado para um hotel na cidade, transformado para receber pessoas nessa mesma condição. Dessa forma a cidade evita surtos em asilos.