Jornal Estado de Minas

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Incêndio na Serra do Cipó persiste, desafia combatentes e ameaça pousadas na região

Agoniza, em meio às chamas, toda a região da Serra do Cipó, na Região Central de Minas Gerais, no maior incêndio da sua história. O fogo, que já dura sete longos dias de calor e ar de péssima qualidade, desafia brigadistas, bombeiros militares e comunidade, e destoa da natureza do local. No parque nacional e imediações, as labaredas invadem sem pedir licença, chegando a ameaçar até pousadas da região.





De acordo com informações obtidas pelo Estado de Minas, as pousadas Barriga da Lua e Pouso do Elefante estão de frente para o fogo. Hóspedes, inclusive, já teriam sido colocados em alerta neste sábado (3).

As chamas também ameaçam residências. Uma moradora, aflita com a situação, chegou a relatar, em um aplicativo de mensagens, que o incêndio estaria próximo da sua casa.

Na noite deste sábado, labaredas intensas puderam ser vistas nas regiões conhecidas como Caetana e Confins, próximas à cachoeira Véu da Noiva, um dos pontos mais conhecidos da Serra do Cipó.

A operação de hoje também se dedica a outras duas áreas: Cachoeira da Farofa e Cânion das Bandeirinhas.

Conforme relatório do Corpo de Bombeiros e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), 129 pessoas estão envolvidas nos trabalhos deste sábado.



O efetivo está dividido em 64 brigadistas do Instituto Chico Mendes, 13 bombeiros, 21 voluntários, dois pilotos e cinco apoiadores dos aviões AirTractor e quatro tripulantes de helicóptero vinculados ao ICMBio. 

Ainda fazem parte do efetivo quatro servidores das prefeituras de Jaboticatubas e Santana do Riacho (motoristas de caminhões-pipa) e dois motoristas de caminhão de combustível vinculados ao governo do estado.

No comando da operação, estão oito servidores do ICMbio, quatro voluntários e dois militares do Corpo de Bombeiros.

(Com informações de Gabriel Ronan)