O protocolo de testagem mais comum adotado pelos municípios da Região Metropolitana de BH (RMBH) para a confirmação de casos da COVID-19 tem sido a realização de exames em pacientes sintomáticos e que preenchem os critérios de testagem. Ibirité decidiu inverter o fluxo de trabalho, e ir atrás do vírus nas regiões e bairros da cidade.
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A secretária de Saúde de Ibirité, Carina Bitarães, conta que umas das descobertas, feitas a partir do estudo epidemiológico, surpreendeu a equipe de saúde. “Com os resultados dessas testagens em domicílios, vimos que, na verdade, o número de contaminações em Ibirité era até menor do que pensávamos”, comenta a gestora.
Os testes em domicílio são feitos por amostragem, assim como uma pesquisa de intenções de voto em uma eleição. “Nós estipulamos um número ideal de testes por região da cidade, e então escolhemos os prontuários aleatoriamente nos arquivos da Secretaria de Saúde”, explica Carina Bitarães.
Até o momento, já foram realizados cerca de 2 mil testes rápidos, dos tipos IgG e IgM. Com isso, é possível identificar pacientes que estejam contaminados pelo COVID-19, ou que tiveram contato com o vírus anteriormente. Outros 6 mil testes ainda serão realizados na cidade.
Preocupação com a saúde
A secretária de saúde de Ibirité, afirma que além dos resultados palpáveis já alcançados com a testagem em domicílio, há também um sentimento importante que surgiu com a iniciativa. “As pessoas estão satisfeitas. Elas percebem que a prefeitura se preocupa e trabalha pela saúde da população”.
A aposentada Cecília de Jesus, moradora de Ibirité há 47 anos, conta que a testagem foi um presente que ela e o marido receberam. “Nós tivemos uma gripe forte há algum tempo, e ficamos com medo de ser coronavírus. Mas fizemos o teste, e deu negativo”, comemora.
“Em vez de irmos até eles, eles vieram até nós. Foi gratificante, quem dera todos pudessem fazer o teste”, complementa a dona de casa, de 78 anos.